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CULTURA E CONHECIMENTO

Ioepa entrega livro ao cordelista de Santa Maria do Pará, Adalto Monteiro

Obra é resultado dos mais de 50 anos de escrita do autor que começou registrando as histórias que seus pais, avós e bisavós contavam

Por Governo do Pará (SECOM)
10/02/2023 10h09

A Imprensa Oficial do Estado do Pará (Ioepa), por meio da Editora Pública Dalcídio Jurandir, entregou, na última quinta-feira (09), os primeiros exemplares da obra “Histórias feitas de chão, contos que o povo conta”, do cordelista e poeta Adalto Monteiro, de Santa Maria do Pará. A entrega foi feita durante a visita do autor, do deputado Carlos Bordalo e da vereadora Kate Monteiro, responsáveis por apresentar o escritor para a Ioepa.

O livro é resultado dos mais de 50 anos de escrita do autor que começou registrando as histórias que seus pais, avós e bisavós contavam. A partir dessas histórias, passou também a criar contos e literatura de cordel. Seu trabalho já soma quase 600 obras desse gênero literário, sendo este livro o primeiro a ser publicado.

“Eu acho que o Brasil precisa resgatar essas histórias que hoje ninguém sabe mais contar. Essas histórias precisam ser resgatadas para servir para as gerações futuras e para as escolas”, pontuou o poeta cordelista. Nas suas 112 páginas, “Histórias feitas de chão, contos que o povo conta” possui 83 produções, entre poemas, contos e cordéis, abordando variados temas.

A Ioepa conheceu o trabalho do cordelista por meio do deputado Carlos Bordalo e da vereadora Kate Monteiro, conhecedora e apoiadora do trabalho de Adalto Monteiro. Ambos viabilizaram junto à Ioepa a produção da obra. “O pai dele disse pra ele nunca desistir da literatura e nem do cordel, que um dia seria muito conhecido e famoso, então eu disse pra ele que sonho a gente tem que correr atrás e o livro seria o primeiro passo para concretizar o que o pai dele disse”, contou a vereadora.

Adalto sempre anda com seus cordéis para divulgar seu trabalho. Foi em uma dessas oportunidades que apresentou ao deputado Bordalo as suas produções: “Eu fiquei impressionado com a capacidade de criação, de composição dos versos, da forma de como ele cuida de temas tão complexos da nossa história e da atualidade, com muita simplicidade”, contou. 

A partir disso, começou o processo de escolha dos escritos que seriam encaixados no livro, o processo de edição e produção para que o produto físico fosse entregue. “Esse livro só foi possível porque hoje o Estado tem uma política pública que permite que autores, como Seu Adalto, possam publicar o seu trabalho, através da Editora Dalcídio Jurandir, algo muito importante que veio para valorizar a cultura popular paraense”, declarou o deputado.

Para o presidente da Ioepa, Jorge Panzera, a Editora Pública Dalcídio Jurandir enriquece seu acervo com mais uma produção paraense, de um autor que nasceu e vive no interior, buscando recuperar as memórias e conhecimentos dessas regiões. "A entrega desse livro representa, primeiro, a valorização de um poeta popular, de um cordelista. A segunda, a ideia de ter um governo presente em todo estado do Pará que é uma ideia do governador Helder Barbalho. Então, é mais um livro do interior do nosso estado, valorizando a construção da nossa política de livro, de ser uma política que valorize os autores locais e que olhe o estado como um todo”.

Comissão da Verdade - Na ocasião, o coordenador da Editora Pública Dalcídio Jurandir,  Moisés Alves, também apresentou ao deputado Carlos Bordalo o protótipo da edição impressa do relatório final da Comissão da Verdade do Estado do Pará (CEV), reforçando que o lançamento será no dia 31 de março, na Assembleia Legislativa, data escolhida por ser lembrada como o início do período da ditadura militar no Brasil.

A Comissão da Verdade no Pará investigou casos de tortura, mortes, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres, envolvendo paraenses ou pessoas que moravam no Estado no período da ditadura militar e foi lançada em 1º de setembro de 2014. A produção foi organizada em um box com três livros, com coleta de materiais, incluindo textos e depoimentos diversos pela jornalista Angelina dos Anjos.

Texto: Viviane Tamyres/Ascom Ioepa