Empreendedoras atendidas pelo Startup Pará concluíram o segundo mês de qualificação
As iniciativas estão recebendo do governo do Pará, através da Sectet, capacitações para o desenvolvimento de seus negócios
Da plantação do cacau para o empreendedorismo, Noanny Maia é produtora do fruto no município de Mocajuba, e prepara de forma artesanal produtos como chocolate, xarope, licores e granolas. Dessa experiência, veio a ideia de criar o projeto Canoa e Cacau Plataforma de Experiência Ribeirinha, para aproximar produtor e cliente.
A proposta foi selecionada pelo programa Startup Pará, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica, Sectet, no edital voltado para mulheres. A empreendedora propõe a criação de um site, “Pensamos em uma forma de alcançar outras pessoas, participando do programa e criando uma plataforma que oferecesse turismo de experiência e a oportunidade de conhecer a cadeia produtiva do cacau e comprar diretamente dos produtores locais”.
Oficinas, palestras e mentorias
Nos últimos dois meses, Noanny tem se dedicado às atividades de qualificação oferecidas pelo programa, e que foram iniciadas em novembro do ano passado. Ao todo, 21 mulheres de Belém e do interior do Estado foram contempladas e passam pelo processo de aprimoramento dos negócios com palestras, oficinas e workshops. Até 15 delas, após esse suporte técnico, poderão também receber apoio financeiro para as ideias inovadoras de produtos ou serviços que contribuam com desenvolvimento econômico e social do Estado. “Participar do Startup Pará está sendo muito bom. Enquanto empreendedora, consegui tomar decisões para tornar real meu projeto. As aulas, encontros e mentorias me encaminham para a realização do meu negócio independente do resultado, de ser contemplada ou não, com o apoio financeiro. Consegui entender melhor o meu negócio, e o impacto econômico e social que ele alcança”, comenta.
Análise de mercado, marketing de conteúdo, gestão financeira e comunicação assertiva, estão no cronograma de oficinas oferecidas pelo programa. Para a coordenadora da iniciativa, Maria Trindade, o empreendedorismo feminino é destaque no projeto do governo do Estado, cria um cenário de oportunidades, e contribui para autonomia financeira de muitas mulheres e liderança de negócios. “Durante a aceleração, as participantes podem mostrar toda sua capacidade de inovar e seguir adiante com seu empreendimento. Ao final do período de capacitação, as empreendedoras têm mais ferramentas para prosperar em seus negócios, e também impactar de forma positiva suas comunidades”, afirma.
Amanda da Rocha também é atendida pela iniciativa do governo do Estado, e desfruta dos benefícios de aprimoramento oferecidos ao pequeno negócio de confecção de estampas, ilustrações de camisas, criadas por artistas paraenses. Para ela, a experiência no Startup Pará tem sido enriquecedora, “pelo compartilhamento de experiências, pelo desenvolvimento proporcionado pelas palestras com informações novas, as mentorias individuais que elucidam melhorias”, declara.
Ações de estímulo para o crescimento dos negócios
Fabrício de Paula, representante da Órbita Tecnologia, empresa credenciada pela Fundação Guamá, responsável pela execução técnica do programa, explica que durante a qualificação online do Startup Pará Mulher, as participantes são estimuladas a desconstruir concepções iniciais de seus negócios a partir da orientação de profissionais do mercado, e especialistas em negócios inovadores.
Até o momento, as empreendedoras participaram de atividades práticas e teóricas que trabalharam o modelo de negócio, elaboraram estratégias de desenvolvimento de suas iniciativas, identificaram segmentos de clientes, estruturação das vendas, monetização de seus produtos e gestão financeira. Elas ainda receberam suporte sobre registro de marcas, patentes, propriedade intelectual, relações de trabalho, contratações de pessoas, e temas jurídicos relacionados ao licenciamento ambiental de seus negócios.
As atividades com as empreendedoras selecionadas seguem até início de março, sendo a última semana da qualificação reservada para o pitch, apresentação dinâmica de cada participante. Fabrício destaca ainda, a capacidade criativa das participantes na resolução de problemas locais. “As iniciativas são diversas, refletem a diversidade de oportunidades existentes em nosso Estado, desde a economia criativa, com projetos que buscam gerar negócios na área musical de bairros da região metropolitana de Belém, a produtos que aproveitam insumos como o jambu e o cacau, passando por plataformas digitais de educação empreendedora e serviços tecnológicos”, enfatiza.
Texto: Ascom Fundação Guamá