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Governo do Pará garante preservação do patrimônio e entrega novos espaços de cultura em Belém

Capital dispõe de equipamentos culturais, de lazer e turismo construídos e restaurados nos últimos quatros anos por meio da Secult

Por Josie Soeiro (SECULT)
08/01/2023 06h00

Belém completa no próximo dia 12 de janeiro, quinta-feira, 407 anos de fundação. Nos últimos quatro anos, a capital paraense ganhou centenas de programações e ações visando ao fortalecimento da cultura local. Além dos eventos, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), garantiu a preservação e valorização do patrimônio histórico da cidade, construindo, preservando e entregando novos equipamentos públicos.

Museu do Estado - Ainda em 2019, a Secult enfrentou seu primeiro grande desafio com as obras iniciais de restauro no Museu do Estado do Pará (MEP), instalado no prédio do Palácio Lauro Sodré, centro histórico da capital. Paralelamente, a Secretaria, em janeiro de 2019, solicitou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e ao Corpo de Bombeiros Militar vistoria na estrutura arquitetônica e no sistema de combate a incêndio de todos os equipamentos públicos geridos pela Secult.Memorial da Cabanagem: obras devolvem à capital o espaço de reconhecimento à história do Pará

Memorial da Cabanagem - Ainda no primeiro ano de gestão, o Governo do Pará, por meio da Secretaria, assumiu a gestão do Memorial da Cabanagem, símbolo do patrimônio arquitetônico e de valorização da memória histórica do Pará. O monumento, única obra de Oscar Niemeyer na região Norte, recebeu limpeza, paisagismo, encaminhamento de pedestres e um novo projeto luminotécnico. A cripta, onde estavam os restos mortais de líderes da Cabanagem, abrigou uma exposição. Também foi instalada segurança 24 horas pela Polícia Militar. Em 2020 foi entregue a segunda etapa das obras no monumento, que recebeu área administrativa, banheiros masculino, feminino e para pessoas com deficiência, além de guarita com copa e banheiro para os guardas. O Memorial foi aberto em 07 de janeiro de 1985, por ocasião dos 150 anos da Cabanagem.

Estação Cultural de Icoaraci também é espaço de fomento à economiaEstação Cultural - Em agosto de 2020, a Secult entregou um novo espaço para expressão das mais variadas formas de arte: a Estação Cultural de Icoaraci (distrito de Belém), onde funcionava a antiga Estação Pinheiro. O prédio dispõe de cozinha, salas para prática artística e de administração, palco, camarim, banheiros e nove barracas para a feira que reúne pequenos empreendedores, tornando-se a mais nova referência para a produção de cultura e fomento à economia em Icoaraci.

Memória da navegação - Naquele ano, a Secult investiu na restauração do acervo do Memorial do Porto, instalado na Estação das Docas, formado por peças que fizeram parte do cotidiano da navegação no Pará. A conservação do material histórico é essencial para a preservação da memória da navegação amazônica, e do conhecimento sobre as inovações e os hábitos de períodos distintos.

Parque Urbano Belém Porto Futuro oferece lazer e programação cultural para toda a famíliaPorto Futuro - Também em 2020 a Secretaria assumiu a gestão do Parque Urbano Belém Porto Futuro, o mais novo espaço de cultura, turismo, esporte e lazer da capital paraense. O parque ao ar livre, localizado em frente ao Terminal Hidroviário de Belém, dotou a área portuária de um moderno espaço de lazer familiar e prática de atividades esportivas. O parque conta com pistas de corrida e ciclismo, playground, lago artificial, sistema de iluminação, área de exposições para artesanato e shows, além de quiosques para venda de produtos alimentícios.

Cerâmicas expostas no Memorial dos Povos Originários da Amazônia “Verônica Tembé”, no Parque do Utinga
Povos Originários da Amazônia
- Em reconhecimento à importância da cultura nativa da região, em 2021 o governo do Estado entregou o Memorial dos Povos Originários da Amazônia “Verônica Tembé”, antiga Casa da Mata, dentro do Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, em Belém. A Casa da Mata foi projetada pelo arquiteto Milton Monte e construída na gestão do então governador e atual senador Jader Barbalho, em 1994. O espaço entrou para a história como o primeiro dedicado exclusivamente à promoção, valorização e difusão da cultura material e imaterial dos povos indígenas no Pará.

Theatro da Paz: relíquia do Ciclo da Borracha e templo da arte paraenseTheatro da Paz - Ainda em 2021, uma das mais importantes casas de espetáculos do Brasil, centenário Theatro da Paz foi entregue à população após minucioso trabalho de restauro. As obras começaram em novembro de 2020 e receberam investimento de R$ 4,5 milhões. As intervenções incluíram fachada, substituição completa do forro das varandas, pinturas internas e pinturas especiais, substituição da rede elétrica e das palhinhas das cadeiras, e mudança total do Café da Paz, além da reconstrução completa dos banheiros, adaptados à acessibilidade para pessoas com deficiência (PcDs) e com instalação de elementos decorativos inspirados no mosaico do hall do Theatro da Paz.

Peça do acervo do Museu de Arte Sacra, no centro histórico de Belém Museu de Arte Sacra - Em 2022, foi a vez de a população de Belém ver o Museu de Arte Sacra (MAS) totalmente renovado. Com investimento de aproximadamente R$ 1 milhão, o MAS passou por reconstituição da pintura das fachadas, reparos no telhado, remoção de infiltrações e goteiras, desentupimento das calhas e outros serviços. O local, que integra o conjunto arquitetônico da Igreja de Santo Alexandre, não recebia serviços desse porte há cerca de 10 anos.

Palacete Faciola: símbolo de mais de 100 anos de história arquitetônica devolvido pelo Estado à população Palacete Faciola - Outra obra relevante concluída e entregue em 2022 foi o restauro e reconstrução de um dos casarios mais simbólicos da arquitetura de Belém: o Palacete Faciola, na Avenida Nazaré. Composto por três imóveis, o novo espaço cultural da cidade abriga o Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC), o Museu da Imagem e do Som (MIS) e um auditório para 105 pessoas, que funciona como espaço multifuncional para atividades ligadas às manifestações e expressões da cultura material e imaterial do Estado. Após anos de abandono, o imóvel recebeu um investimento superior a R$ 15 milhões, e foi aberto para a população, que agora tem acesso a um exemplar de mais de 100 anos da história da capital paraense.