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MÚSICA E ESPERANÇA

Coral de Natal ecoa o som do aconchego pelo Hospital Oncológico Infantil 

Mais de 40 funcionários uniram suas vozes para emocionar e alegrar pacientes, acompanhantes e outros profissionais da unidade de saúde

Por Governo do Pará (SECOM)
20/12/2022 19h44

O Coral mostrou um repertório que empolgou a todos nos corredores do Hospital O som do Coral “Um Canto de Natal” ecoou pelos corredores do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, nesta terça-feira (20). Idealizado pela Comissão de Humanização, o coral é formado por 43 funcionários de vários setores da unidade de saúde. A ação é destinada ao público interno, e contribui para a recuperação dos pacientes ao promover bem-estar e reduzir o estresse causado durante a internação.

A apresentação iniciou com uma apresentação no estilo capela, de um trecho da música “Um Dia Especial”, de Tiago Iorc. Em seguida, foi entoada uma versão de “Hallelujah” para o período natalino, seguida de “Vamos Juntos”, de Bruna Karla e Pastor Lucas. A última canção foi a mais festiva, “Vem Chegando o Natal”, de Aline Barros.

“Decidimos usar canções que falam de um presente, o nascimento de Jesus. E logo no início da segunda música tocou o sininho para remeter à cerimônia do Sino da Vitória, realizada toda vez que alguém vence o câncer. Uma simbologia linda nesse momento especial”, disse Marina Morais, 47 anos, voluntária no Hospital pela Associação Beneficente de Capelania Social (Abecas).

“Recebemos o convite para preparar o Coral. Deu um pouco de nervosismo no início, mas fizemos tudo com muito amor. Um dos nossos pilares é fazer as nossas atividades como se fosse para Deus, e vivemos essa emoção a cada apresentação. O coral foi tão inspirador, tão profundo, que brotou no coração de cada colaborador o desejo de se tornar um coral oficial”, adiantou Marina Morais.

Significado especial - A diretora-geral do Hospital Oncológico, Ana Paula Borges, destacou a importância do acolhimento no ambiente hospitalar. “Este período do ano tem um significado especial, e desperta muitos sentimentos. Sabemos o quanto é difícil estar longe do aconchego do lar e da família, principalmente quando se é tão jovem, a exemplo das crianças e adolescentes assistidos no Hospital. É por isso que a quebra da rotina hospitalar é tão valorizada. Oferece alegria, conforto e esperança de dias melhores em um momento tão delicado para tantas famílias”, ressaltou.

Natacha Cardoso, presidente do Comitê de Humanização, disse que o coral existe desde 2015, e sempre trouxe muita alegria aos funcionários do Hospital, pacientes e acompanhantes. "Temos uma comissão composta por membros de diferentes setores, e decidimos que, ao contrário de trazer pessoas de fora para cantar, deveríamos fazer um coral com nossos colaboradores. Cada membro da comissão trouxe um participante. Ensaiamos durante um mês e formamos dois grupos: um para se apresentar durante a manhã e outro durante a tarde e a noite nos corredores do Hospital”, informou.

Acalento - A enfermeira da Quimioterapia Flávia Barata lembrou o enfrentamento de situações limites. “Lidamos com as intercorrências de crianças que estão fragilizadas pelo câncer, algo que nos comove bastante. Eu me senti acolhida ao escutar todas essas vozes cantando pra gente. Isso mostra que existe uma preocupação em trazer o acalento e o relaxamento necessário às equipes assistenciais”, frisou.

Gilmara e a filha Juliana: Coral foi alegria para o coraçãoGilmara Pereira, 30 anos, acompanha a filha Juliana Veloso, 6 anos, em tratamento de dois tumores cerebrais diagnosticados há três meses. Além da preocupação com a saúde da menina, ela precisa lidar com a saudade de outros dois filhos que ficaram no município de Abaetetuba (Região do Tocantins). Durante o período de internação de Juliana, Gilmara busca reduzir a tensão. “Eu levei um baque quando soube do diagnóstico dela. Parece que me levantaram e jogaram no chão várias vezes. Hoje, o médico disse que  a cirurgia tem tudo para dar certo. Isso me acalmou um pouco. Teremos um Natal diferente do que estávamos acostumados a celebrar, mas é bom saber que existem pessoas engajadas em alegrar o nosso coração no meio de tanta dor e saudade”, disse Gilmara Pereira.

Texto: Leila Cruz- Ascom/Hoiol