Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE PÚBLICA

Cuidados permanentes e atenção a mudanças na pele ajudam no combate ao câncer

Pintas assimétricas, com bordas irregulares e aumento de tamanho podem ser sinais de alerta. O ideal é procurar logo atendimento médico especializado.

Por Governo do Pará (SECOM)
16/12/2022 14h30

A dona de casa Maria Alcina Guimarães, 63 anos, descobriu há dois anos a importância da manutenção de uma rotina de cuidados com a pele. Ao se deparar com um sinal de tonalidade marrom, que não parava de crescer no lado esquerdo do rosto, decidiu procurar um dermatologista e foi diagnosticada com câncer de pele. O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma. Mais de 220 mil novos casos deste tipo de neoplasia são estimados por ano até 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Maria Alcina Guimarães: exposição ao sol sem proteçãoMaria Alcina recorda que, apesar dos conselhos de familiares e de colegas da hidroginástica, sempre optou por tomar banho de sol por longos períodos e sem qualquer proteção. “A minha filha falava para eu evitar o sol. Até na hidroginástica, enquanto todos estavam na sombra, eu sempre ia para a parte ensolarada. Para mim, sombrinha era só em dias de chuva, e nunca gostava de passar protetor solar. Hoje me arrependo, e penso diferente”, conta.

A grande maioria dos casos de câncer de pele é menos agressiva e tem maior probabilidade de cura, quando diagnosticada precocemente. Os Carcinomas Basocelulares (CBC) se originam de células da camada mais superficial da pele, a epiderme. E os Carcinomas Espinocelulares (CEC) se manifestam, clinicamente, por meio de lesões que descamam ou por feridas de difícil cicatrização.

O melanoma é o tipo mais raro, mais agressivo e com alto risco de metástase (de se espalhar para outros órgãos). Eles são originados dos melanócitos, as células responsáveis por produzir a melanina, substância que dá cor à pele. Quando há pintas marrons, acastanhadas ou mais escuras, e que se nota mudanças, o recomendado é procurar avaliação médica.

Atenção redobrada - “É preciso ficar atento quando o sinal de nascença ou o sinal que apresentamos há algum tempo modifica as suas características. O aumento rápido de tamanho, a mudança de cor, a presença de irritação ou descamação que antes não tinha, ou ainda quando há dificuldade de cicatrização nesta lesão, podem servir de alerta”, explica a especialista em Dermatologia do Hospital Ophir Loyola, Simone Bentes.

A exposição solar pode causar dano tanto por efeito cumulativo, quando a pessoa é exposta por muitos anos, ou por exposições intermitentes, quando há queimaduras solares. Pele e olhos claros, feridas crônicas ou queimaduras e histórico familiar também são fatores de risco. “A melanina, que confere o fototipo do indivíduo, é um protetor. Quanto menor o fototipo - quanto mais claro for o indivíduo -, maior o risco de desenvolver câncer de pele. Por isso, devemos evitar exposição prolongada ao sol, principalmente entre 10 h e 16 h, período em que temos maior intensidade da radiação, sendo maior risco para alterações na pele”, recomenda a especialista.

Elenita Silva durante atendimento no HOLEm 2020, a dona de casa Elenita Silva, 54 anos, procurou um médico para avaliar um sinal que havia surgido no nariz. “O doutor solicitou a biópsia e o resultado constatou que era câncer. Iniciei meu tratamento aqui no ‘Ophir Loyola’ e atualmente faço o controle, me consultando com a dra. Simone, que me acompanha desde o início. Ela me orientou, e hoje eu uso protetor solar direitinho, não fico mais exposta ao sol e a minha pele está ótima”, garante a moradora do município de Capitão Poço, no Nordeste do Pará.

Proteção - Simone Bentes esclarece que as radiações provenientes da luz solar alteram componentes das células, provocando queimaduras, envelhecimento e câncer de pele. Por isso, é preciso levar em consideração alguns critérios na hora de escolher um protetor solar. “Escolher um Fator de Proteção Solar (FPS) acima de 30 amplia a proteção contra radiações UVA, UVB e infravermelho, que também causam danos à pele. Além dessa proteção, acessórios como roupas, chapéus, bonés, óculos e sombrinhas com tecnologia contra a radiação também reforçam os cuidados para a prevenção”, informa a médica.

Texto: Ellyson Ramos – Ascom/Hospital Ophir Loyola