Comunicação alternativa humaniza atendimentos no Hospital Metropolitano
Com figuras e textos, internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HMUE garantem forma de demonstrar sentimentos e necessidades
Durante a internação no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, pacientes em estados mais avançados podem passar por procedimentos invasivos, como a intubação ou traqueostomia, que dificultam a comunicação. Na unidade, criada pelo Governo do Pará e, desde 6 de dezembro, gerenciada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), não é diferente.
“Em casos mais delicados de pacientes internados, vítimas com traumas graves, há a necessidade do procedimento de intubação ou traqueostomia, ações que podem gerar um enfraquecimento momentâneo na voz”, explica o coordenador de fisioterapia do HMUE, Paulo Vitor.
Assim, para facilitar e tornar efetiva a comunicação desses pacientes, a equipe de reabilitação do hospital, a partir de análise multiprofissional, desenvolveu um modelo de comunicação alternativa, que conta com figuras, com foco em quem não consegue ler, e textos.
Entre as opções mostradas estão as frases “estou com dor”, “eleve ou abaixe a cama”, “preciso de ajuda”, além de outras necessidades como fome ou sede, calor ou frio.
“A ação é fundamental para os pacientes que passam por um processo de longa internação, foram extubados e estão com limitações na comunicação”, afirma a terapeuta ocupacional, Jorgeane Pantoja. “Em todos os casos, gera mais engajamento e autonomia no tratamento, o que favorece a autoconfiança, fator fundamental para uma recuperação mais ágil e precisa”, finaliza a profissional.
Humanização na assistência - Dentro do Hospital Metropolitano, que é referência para o tratamento de vítimas de traumas de diversas complexidades no Norte do Brasil, várias ações são realizadas com foco no bem-estar de pacientes, acompanhantes, colaboradores e comunidade externa.
Um exemplo é o Projeto Reviver, com a doação de mudas de plantas para pacientes que recebem alta, o Cartas de Afeto, que entrega mensagens de entes queridos para internados e profissionais da unidade, além da Gameterapia, que une jogos digitais à reabilitação de pacientes.
Texto: Alberto Dergan / Ascom HMUE
