Oeiras do Pará sediará próxima etapa municipal de Fórum da Emater sobre o Marajó
O objetivo é debater propostas de melhoria dos sistemas de produção de pesca e aquicultura, atualizar-se sobre legislação e novas tecnologias, entre outras ações
A expectativa é que do encontro sejam entrecruzados os resultado de documentos, estatísticas e base de informações que respaldem e redirecionem políticas públicas para o setorNesta sexta-feira (9) e sábado (10), Oeiras do Pará sediará a próxima etapa municipal do Fórum de Pesca e Aquicultura do Marajó, evento panorâmico e continuado do escritório regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). Iniciada em 21 de outubro, em Bagre, a dinâmica já contemplou as cidades de Curralinho, nos últimos dias 26 e 27 de novembro, e Gurupá, em 10 de novembro.
Com o lema "A Pesca e a Aquicultura do Marajó como Fator de Desenvolvimento e Segurança Nutricional", o planejamento geral é, junto com o Escritório Regional da Emater nas Ilhas, cobrir todos os 17 municípios do arquipélago até o meio do ano que vem, com o resultado de documentos, estatísticas e base de informações que respaldem e redirecionem políticas públicas. Além dos municípios de Bagre, Curralinho, Gurupá e Oeiras, a lista se completa com Afuá, Anajás, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure.
“O Marajó é uma região de dimensão continental, desafios geográficos pelas distâncias e acessos, biodiversidade ímpar e uma unidade histórica e cultural responsável pelo sustento e valor de gerações de agricultores familiares. Os produtos marajoaras muitas vezes afetiva e tecnicamente funcionam como marca registrada, só existem aqui e a partir daqui, e isso inclui nossas riquezas das águas, dos rios, igarapés. É fundamental a Emater conduzir estudo, diálogo, entendimento pleno sobre o segmento”, situa o sociólogo e supervisor regional da Emater no Marajó, Alcir Borges.
Encontro - A expectativa é de que, com inscrição gratuita e mobilização mesmo das comunidades mais afastadas, cerca de 200 participantes reúnam-se na Câmara Municipal para, sobretudo, contar suas histórias de tradição e trabalho.
O objetivo é debater propostas de melhoria dos sistemas de produção de pesca e aquicultura, atualizar-se sobre legislação e novas tecnologias e integrar forças de governos e movimentos sociais. Mediadores e palestras fortalecerão as temáticas, complementadas com uma prática sobre piscicultura intensiva, na demonstração de montagem de tanque.
No município, o Fórum realizado pela Emater é impulsionado pela parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas), Prefeitura, Câmara Municipal e Colônia de pescadores Z-50.
“Os subeventos municipalizados, dentro do evento-maior Fórum, regionalizado, são momentos também de coleta e confirmação de dados para que a Emater e outras entidades possam construir um planejamento estratégico, com obediência às questões ambientais e diversificação científica. O Fórum serve para avaliarmos problemas, fecharmos diagnósticos e consideramos soluções. Existem grupos, por exemplo, que produzem e não têm para quem vender, existem grupos no uso de tecnologias prejudicadas ou ultrapassadas”, avalia a engenheira de pesca Cleide Marques, mestra em Biologia Ambiental, uma das organizadoras do Fórum a partir do escritório regional do Marajó.
Algumas das abordagens importantes, segundo a especialista, referem-se à absorção das leis-base de licenciamento ambiental, ao georreferenciamento das áreas produtoras, à estruturação de vias de escoamento e comercialização e a modelos de sistemas intensivo, como tanques suspensos: “Primeiro é preciso identificar a cadeia produtiva, depois organizar, prover para modernizar, entre outros passos necessários com a articulação de todos os agentes envolvidos”, diz.
Texto: Aline Miranda/Ascom Emater
