Santa Casa participa do 57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Evento, em Belém, marca os 60 anos da SBMT e reúne cerca de três mil pessoas entre médicos, pesquisadores, técnicos e estudantes da área de saúde
O 57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop), cuja programação acontece até hoje (16), no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, teve a participação da cientistas de várias instituições, entre elas, a Fundação Santa Casa do Pará.
O evento marca os 60 anos da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e a volta dos eventos científicos presenciais, após o hiato de dois anos provocado pela pandemia da covid19, em 2020 e 2021, com o evento acontecendo em ambiente virtual.
Em Belém, a Medtrop 2022 registrou cerca de três mil pessoas, entre profissionais, pesquisadores e estudantes da área de saúde. O objetivo do Congresso é a proposição de soluções multidisciplinares para os principais agravos que acometem os trópicos.
O presidente da Comissão Científica do Medtrop, Pedro Vasconcelos, disse que a programação foi elaborada com muito carinho por ele, juntamente com as coordenadoras Cléa Bichara e Marinete Póvoa e um grande grupo de especialistas, que compõem a Comissão Científica, e que todos os temas são relevantes.
“Focamos no desenvolvimento científico e inovação, com o que há de mais moderno em termos de métodos diagnósticos e abordagens terapêuticas, bem como a clínica, a prevenção e controle de todos os agravos, inclusive com a visão e perspectiva one health”, disse Pedro Vasconcelos.
Ele explicou que o termo one health (saúde única) trata da integração entre a saúde humana, a saúde animal, o ambiente e a adoção de políticas públicas efetivas para prevenção e controle de doenças em nível local, regional, nacional e global.
A participação da Fundação Santa Casa esteve focada nas áreas de Cirurgia Pediátrica, na Comissão Intra Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) e no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
O médico cirurgião pediátrico Eduardo Amoras, que participou do Congresso, destaca que “a divulgação para toda a comunidade dos serviços prestados pela nossa Instituição no atendimento da alta complexidade cirúrgica pediátrica, com excelência, é fundamental, por conta que o congresso trouxe profissionais de todas as áreas, bem como alunos, para que possamos somar na construção de um projeto ainda maior de atendimento mais precoce, para casos específicos”.
Nelma Machado, médica intensivista da Santa Casa e que coordena o CIHDOTT no hospital, destaca que a participação da Instituição no congresso de medicina tropical, levando em seu stand o tema de doação de órgãos foi um divisor de águas. “Nós estamos voltando às atividades presenciais em congressos e podermos abordar um tema tão delicado e em um momento tão delicado ainda, pós pandemia, onde ficamos em um momento difícil de doação e captação de órgãos, nos transplantes, em que houve uma queda vertiginosa em virtude do momento pandêmico, porém em nenhum momento deixamos de atender, de comunicar, tanto que conseguimos fazer transplantes na Santa Casa e no Estado”.
Sabemos do papel importante que a Instituição tem no sistema público de transplante e precisamos melhorar esses números. E a Santa Casa tem sido muito atuante em parceria com a Central Estadual de Transplante para levar conhecimento, desmistificar a questão da doação e assim conseguir melhorar o processo de se doar órgãos para salvar vidas. Ressalta Nelma Machado.
“O Ministério da Saúde vem tomando medidas com o Estado para que a gente possa reverter o mais rápido possível essa situação, alcançando os níveis adequados para redução de filas. E para isso é vital esses momentos em que tem um público expressivo e formador de opinião em um congresso como esse, para levar os conceitos e conhecimentos e deixar claro para a população, que sem doador não há transplante”, enfatiza a médica.
Texto da Ascom Fundação Santa Casa do Pará