Sespa orienta população sobre fluxo para tratamento de diabetes pelo SUS
O atendimento oferece informações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos gratuitos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados
Em função do Dia Mundial de Combate ao Diabetes – 14 de novembro, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) reforça o alerta para que a população procure as Unidades Básicas de Saúde (UBS), do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de verificar a possível ocorrência da doença e a necessidade de adesão ao tratamento gratuito, associado às mudanças de hábito e estilo de vida.
A população pode procurar as UBS que oferecem orientações para reduzir as complicações do diabetes associadas a outros fatores de risco, como tabagismo, inatividade física, alimentação inadequada, sobrepeso e obesidade. Por se tratar de uma doença progressiva, se não for tratada adequadamente pode ocasionar complicações, como doenças cardiovasculares, insuficiência renal, perda de visão e até amputação de membros.
O atendimento oferece informações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos gratuitos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados. Para ter acesso é preciso que o paciente passe por consulta com o clínico na UBS.
Estatísticas - Pelos dados mais recentes do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica - SISAB, do Ministério da Saúde, atualizados até 11 de outubro deste ano, 328.210 pessoas estão cadastradas como diabéticas. O tratamento é iniciado nas Unidades Básicas de Saúde.
Em relação ao número de internações, 5.192 pessoas no Pará – das quais 2.699 homens e 2.493 mulheres - foram hospitalizadas em decorrência de diabetes entre janeiro e setembro deste ano. Em 2021, o gênero masculino também foi predominante no número de hospitalizações pela doença no Estado: 3.119 contra 3.040 do sexo feminino.
Em ambos os anos, as faixas etárias mais recorrentes na internação foram as seguintes: 60 a 69 anos; 50 a 59 anos e 70 a 79 anos. Todas as faixas etárias são atingidas, especialmente mulheres entre 55 e 59 anos, e homens entre 60 e 64 anos.
O Diabetes é apontado ainda como a segunda comorbidade mais recorrente entre as pessoas que testaram positivo para Covid-19 no Pará, correspondendo a 2,16% do total de casos confirmados – só perdendo para cardiopatas, com 2,82%.
Fatores de risco
Para orientar e capacitar os profissionais das Unidades Básicas de Saúde sobre o fluxo de atendimento a pacientes com diabetes, a equipe da Coordenação de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (CDCNT) da Sespa tem realizado atividades em Belém e municípios do interior do Estado, que também incluíram assessoramento técnico para a implantação/implementação de ações e Programas, apoiando as Secretarias Municipais de Saúde.
“São atividades que alertam para a gravidade da doença associada a outros fatores de risco, como hipertensão, inatividade física, alimentação inadequada, obesidade e tabagismo, que geram impactos econômicos e sociais. Assim, torna-se necessária e permanente a articulação de estratégias de intervenção para prevenção, diagnóstico precoce e controle de diabetes”, explicou Sílvia Corrêa, coordenadora estadual da CDCNT da Sespa.
Ela lembra que as ações também incentivam a adoção de uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas, por meio de capacitações para profissionais dos municípios sobre o Guia Alimentar para a População Brasileira, Programa Academia da Saúde, Programa Crescer Saudável e Programa Saúde na Escola. São iniciativas do Governo Federal, orientadas e monitoradas pelo Sespa e executadas pelas Secretarias Municipais.
Segundo Sílvia Corrêa, durante as capacitações é sempre esclarecido o fluxo de atendimento para o paciente diabético, que começa nas Unidades de Saúde com as Equipes de Atenção Primária, onde são oferecidas, gratuitamente, ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulina.
Se o paciente apresentar intercorrências nessa fase do tratamento, e dependendo do diagnóstico, pode ser referenciado unidades de média e alta complexidade que mantêm atendimento de referência em endocrinologia.