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MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Técnicos do Ideflor-Bio realizam poda em unidade demonstrativa de sistema agroflorestal

Espaço fica no entorno do Parque Estadual do Utinga e culturas de frutas e árvores, como o açaí, banana, bacuri, cacau, cupuaçu, dendê e goiaba

Por Aldirene Gama (SEDEME)
03/10/2022 14h53

Técnico avalia sistema florestal na ação de poda Técnicos da Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF) do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), promoveram, na manhã da quinta-feira, 29 de setembro, o manejo de poda na Unidade Demonstrativa – UD, de Sistemas Agroflorestais (SAF's), com objetivo de favorecer a entrada de luz, água e nutrientes no solo. 

Localizada nas imediações da sede do instituto, no Parque Estadual do Utinga "Camillo Vianna", na avenida João Paulo II, em Belém, a área tem aproximadamente 55x55 metros (3025m²) correspondente a 0,3 ha. Lá, são cultivadas diversas espécies frutíferas e florestais, entre elas, o açaí, banana, bacuri, cacau, cupuaçu, ingá, murici, dendê e goiaba.

A atividade contou com a participação de dois técnicos da (DDF/Ideflor-Bio), o biólogo Antônio Campos e o engenheiro ambiental, Gabriel Silva.

O manejo consistiu na retirada de galhos verticais improdutivos, eliminação do excesso de brotos, deixando apenas os mais vigorosos e melhor inseridos no caule, poda de formação, assim como desbaste das touceiras de açaí e bananeiras, com a retirada do mangará, conhecido popularmente como umbigo ou coração da bananeira em função da sua cor e formato, localizado na extremidade do cacho.

Segundo o biólogo do Instituto, Antônio Campos, em uma área de (SAF), o manejo das espécies é fundamental e deve ser feita periodicamente, principalmente para facilitar a entrada da luz, controle de umidade, mesmo que temporariamente, no sub-bosque.

"Outra ação importante a ser realizada no trato das bananeiras, que se encontram no arranjo, é a retirada do mangará quando o cacho já estiver formado, pois será determinante para o crescimento dos frutos, e consequentemente com um melhor valor de mercado, destaca o biólogo.

Gabriel Almeida, ressalta a importância da Unidade Demonstrativa – UD de Sistemas Agroflorestais (SAF's), nas imediações do Instituto. "Ter uma UD (Unidade Demonstrativa) auxilia a diretoria na apresentação do que o projeto Prosaf tem como objetivo, assim como o que o Instituto propõe com seus projetos de educação ambiental e fomento florestal, além de facilitar o entendimento de escolas, produtores e secretarias sobre o que consiste o SAF, suas temporalidades assim como as formas de conduta, falhas e acertos de acordo com cada especificidade dos diferentes arranjos para o estado do Pará, enfatiza o engenheiro ambiental".

O diretor de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF), Vicente Neto, ressalta que o Sistema Agroflorestal consiste no plantio de anuais, frutíferas e espécies florestais diversas em uma mesma área, beneficiando o desenvolvimento das culturas e contribuindo com a recuperação de áreas alteradas/degradadas, promovendo não só a reconstituição das características do solo, assim como todos os elementos naturais que favorecem, e dão condições para a manutenção da biodiversidade local.

"A implantação do Prosaf é desenvolvido em quatro etapas de ação, que consistem no estudo do potencial econômico e perfil socioeconômico da comunidade; capacitações, montagem e instalação do viveiro de produção de mudas; implantação dos sistemas agroflorestais – SAFs; e o monitoramento e acompanhamento técnico", destaca o diretor.

Vicente Neto explica que as bananeiras utilizadas nos SAF 's em sua fase inicial, tem por finalidade sombrear as frutíferas introduzidas posteriormente, as quais suas mudas, recém-introduzidas, são mais sensíveis à incidência direta da luz solar. Fornecem também grande quantidade de biomassa e mantêm a umidade do solo, melhorando as suas propriedades químicas e físicas.

O diretor Vicente Neto também informou que em função do solo empobrecido na área da unidade demonstrativa a cada dois meses são realizadas adubações com minerais ricos em nitrogênio, fósforo e potássio como complemento à adubação orgânica e manejo do solo. "Como resultado, se obteve grande produtividade do fruto demonstrando que, além dos benefícios ambientais, a espécie também oferece vantagens econômicas aos agricultores com a oferta de um produto de alto valor nutricional e grande aceitação nos mercados locais".