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Microcrédito como política inclusiva é tema do evento Café com Planejamento

Por Redação - Agência PA (SECOM)
28/06/2018 00h00

Destinado a atender o micro e o pequeno empreendedor paraense, o CredCidadão, programa de microcrédito do Governo do Estado, foi tema do 53º Café com Planejamento, realizado na manhã desta quinta-feira (28), pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan).

A iniciativa do Governo do Estado visa proporcionar crédito acessível e adequado a criação, crescimento e consolidação de empreendimentos formais e informais. Segundo Brenda Maradei, coordenadora setorial de proteção e desenvolvimento social da diretoria de planejamento da Seplan, o microcrédito é “uma ferramenta de política social, no combate à pobreza e à geração de emprego e renda, voltado para a parcela da população excluída do mercado de trabalho”.

O administrador Jorge Otávio Bahia de Rezende, diretor geral do CredCidadão, expôs as diretrizes básicas desse programa que desde 2011 já destinou R$47 milhões para atender parcela significativa da população em quase todo o Estado. “Ainda em 2018 o programa chegará a todos os 144 municípios paraenses”, afirmou.

Com uma metodologia operacional que prevê acompanhamento periódico, parcerias com organizações sociais legalizadas, o Credcidadão faz ainda um resgate da cultura da solidariedade, visto que uma das formas de tomada de crédito é para grupos de três a cinco pessoas, que mesmo com atividades independentes, pertençam a uma mesma organização social.

O Banco Tupinambá é uma experiência comunitária que atua na Baía do Sol, no distrito de Mosqueiro, e vem sendo acompanhada pelo professor e economista Valcir Bispo Santos. Inaugurado em janeiro de 2009, tem como objetivo gerar trabalho e renda nessa comunidade, além de multiplicar a experiência em outras comunidades daquela ilha, ao gerar riqueza dentro de um território e fazendo com que as pessoas invistam em si mesmas.

A gestão do banco é feita pelos próprios empreendedores, também chamados prossumidores, pois consomem aquilo que produzem. Por lá, já é possível medir os resultados: em 2009, apenas 2% das pessoas compravam no bairro; número que cresceu em 2014, quando 83% das pessoas consumiam no mesmo bairro.

“Sendo um banco comunitário de desenvolvimento utiliza ferramentas que incentivam e fortalecem a economia local”, disse o professor. Sobre o funcionamento da moeda social, o “moqueio”, Valcir Bispo Santos informou que ajuda na circulação do dinheiro ganho pela comunidade dentro do próprio bairro. “É complementar ao Real, mas com atuação limitada a um dado território; é de livre circulação e produzida com componentes de segurança, com o aval da Casa da Moeda”.

Uma experiência de sucesso foi relatada aos presentes pelo empreendedor Ramires Garcia, ourives e lapidário, que utilizou o microcrédito para dar o pontapé inicial nas suas atividades. Por meio de programa de capacitação no Polo Joalheiro, ele vem conquistando um espaço nesse universo estético das joias, onde imprime marca diferenciada e um toque regional. “A satisfação maior é ver a aceitação das peças”, diz.

Garcia montou ainda uma escola para difundir essa arte e os seus conhecimentos, como um curso livre. “Nossas peças já foram publicadas em catálogos internacionais e participaram de concursos”, conta.

O Café com Planejamento é uma ação de formação continuada propositora de encontros para discussão de temas transversais às políticas públicas, e é uma promoção da Seplan em cada última quinta-feira do mês.

O material utilizado para a exposição dos palestrantes ficará disponível neste link.