Professores participam de encontro formativo sobre a socioeducação de adolescentes em Marabá
O evento tratou da escolarização dos socioeducandos e segue uma estratégia metodológica elaborada de acordo com as especificidades deste público-alvo
Com o intuito de aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem dos adolescentes em conflito com a lei, que cumprem medidas na unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), em Marabá, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) promoveu, nos dias 21 e 22 de junho, o I Encontro Formativo da Socioeducação da Rede Estadual de Ensino do Pará.
Organizada pela Coordenação de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), a programação ocorreu nas instalações da Escola Estadual Anísio Teixeira. No primeiro dia, houve um debate com o tema “Diálogos: O Projeto de Vida na Socioeducação” e, no dia seguinte, o evento teve continuidade com duas rodas de conversas que trataram sobre as competências das áreas de conhecimento e o planejamento de acordo com elas.
A implementação da socioeducação teve início, em Marabá, no dia 14 de abril de 2022. Desde então, a Seduc tem feito atividades online com os professores que atuam com este público-alvo para acompanhar a evolução deste processo educacional. Vale ressaltar que a escolarização de jovens que estão cumprindo medidas socioeducativas é feito através de um convênio entre a Seduc e a Fasepa.
Segundo a coordenadora da Ceja, Ilka Oliveira, garantir o ensino para esses adolescentes é fundamental para inibir a reincidência e prover a ressocialização dos jovens privados de liberdade. “Buscando a melhoria do atendimento educacional desses rapazes, dentro das unidades da Fasepa, a gente formulou, planejou e organizou um encontro formativo específico para os professores que atuam nesses espaços, até porque o processo de escolarização ocorre dentro desses locais, não em uma escola de fato. Portanto, é um ensino diferenciado, com o público diferenciado”, afirmou.
A dirigente disse, ainda, que o encontro visa, principalmente, assegurar o direito à educação desses jovens. “Reforçamos com os educadores a legislação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e, também, metodologias diferenciadas nas áreas do conhecimento em que é ofertado o nosso ensino médio para estes adolescentes. A importância desse momento é justamente isso, pensar na melhoria da qualidade da educação, para que o objetivo maior seja alcançado, que é a ressocialização deste público-alvo”, complementou.
COOPERAÇÃO
Estabelecer a aplicabilidade de métodos socioeducativos inovadores é uma das propostas que este espaço de aprendizagem propõe e que, tem como pretensão, tornar os adolescentes cidadãos responsáveis pela sua vida, não somente quando do seu cumprimento de medida, mas também colocar em prática este aprendizado para a sua vida.
De acordo com a técnica da Ceja, Michelly Alves, a Seduc vem acompanhando esse processo educacional de perto, pois ele exige uma dinâmica diferente das outras escolas regulares.
“Este é um momento para alinhar as ações, de pensar em um planejamento mais integrado, de ver o que os professores estão fazendo e o que eles estão sentindo desses espaços. Dessa forma, é extremamente importante que a Ceja esteja junto, dentro do que prevê o convênio instituído entre a Seduc e a Fasepa, porque ela tem a prerrogativa de acompanhar o andamento da metodologia com os professores para ver como está sendo a implementação desta escolarização”, destacou.
Texto em colaboração com Yasmin Seraphico (Ascom/Seduc)