Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
DIA DE CONSCIENTIZAÇÃO

Hospital de Clínicas alerta para importância do diagnóstico precoce de cardiopatia congênita

Referência em cardiologia, o HC oferece diagnóstico e tratamento nas fases intrauterina e pós-parto, e pré-natal para gestante cardiopata

Por Marcelo Leite (COSANPA)
12/06/2022 09h25

Para cada 1.000 crianças nascidas vivas, 10 podem apresentar algum tipo de alteração da estrutura ou musculatura do coração, comprometendo o funcionamento do órgão. Na medicina, esse tipo de malformação é definida como cardiopatia congênita, e pode ocorrer durante o desenvolvimento embrionário ou mesmo após o nascimento. Os números são do Ministério da Saúde, e ganham relevância neste 12 de Junho, instituído como  Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita.

Dados complementares de entidades ligadas ao estudo da cardiologia pediátrica apontam ainda que cerca de 30 mil crianças nascem com cardiopatia congênita por ano no País. E apesar da possibilidade de tratamento medicamentoso, para cerca de 80% dos casos diagnosticados a cirurgia cardíaca é a principal alternativa.O HC tem profissionais e suporte técnico para tratar o cardiopata desde o útero

Referência em cardiologia no Pará, o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC) mantém um serviço especializado na área, com suporte técnico para o diagnóstico e tratamento de casos nas fases intrauterina e pós-parto, além do acompanhamento pré-natal complementar para gestantes também portadoras de cardiopatias.

Em ambos os casos, o atendimento é feito por meio de encaminhamento médico após consulta na rede pública de saúde e a regulação do paciente para o Hospital de Clínicas, onde realizará novos exames e a definição do tipo de terapia adotado, explica a cardiologista pediatra Josélia Pantoja.

“O tratamento das cardiopatias congênitas pode ser clínico ou cirúrgico. Algumas cardiopatias leves podem evoluir com resolução espontânea, por vezes necessitando utilizar medicações cardiológicas por um período. Os defeitos cardíacos maiores, em grande parte, necessitarão de outro tipo de abordagem, podendo ser tratados de forma cirúrgica ou através de cateterismo cardíaco, ambos disponíveis no Hospital de Clínicas”, informa a médica.

No último ano, somando consultas das especialidades cardiologia infantil e cirurgias cardíacas pediátricas, foram realizados 2.989 atendimentos no Hospital de Clínicas, sendo 269 intervenções cirúrgicas. Em 2022, entre os meses de janeiro e abril foram registradas 1.234 consultas e 130 cirurgias.O diagnóstico precoce permite tratar com maior eficiência as cardiopatias

Diagnóstico e acompanhamento - O diagnóstico de cardiopatia congênita é possível desde a gestação, com a realização do Ecocardiograma Fetal. O exame é indolor e realizado por meio de ultrassom na barriga da gestante, para avaliar a formação e o funcionamento do coração do bebê. Caso não seja diagnosticada a malformação neste momento, o exame pode ser feito após o nascimento para identificar sinais clínicos, como a presença de sopro. Outros sinais são cansaço, boca ou dedos arroxeados, desmaio ou dificuldade em ganhar peso.

Se houver suspeita de cardiopatia, o Ecocardiograma Transtorácico confirma o diagnóstico. Nos casos mais graves, após o nascimento pode haver necessidade de suporte imediato de cateterismo ou cirurgia cardíaca, daí a importância do planejamento do parto em hospital com suporte cardiológico, como o HC.

“Após a realização do procedimento, sendo ele curativo ou paliativo, é importante seguir o acompanhamento ambulatorial com cardiologista pediátrico”, ressalta a médica Josélia Pantoja.