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DOENÇA CRÔNICA

Sespa orienta para prevenção e tratamento da obesidade grave infantil

No Pará, na faixa etária de 5 a 10 anos, 14,34% de crianças estão com sobrepeso, 7,36% de crianças com obesidade e 4,61% com obesidade grave (mórbida)

Por Mozart Lira (SESPA)
03/06/2022 10h47

Em alusão ao Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil, celebrado todo ano em 03 de junho, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) chama a atenção para o tema e as principais causas, incentiva a prevenção e esclarece sobre as ações estaduais desenvolvidas para conter o avanço dessa doença.

Considerada uma doença crônica, a obesidade se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e o número de crianças acima do peso tem crescido, tornando a doença um problema de saúde pública. Muitos fatores são apontados como causas, como os genéticos, individuais/comportamentais e ambientais. No entanto, especialistas apontam outro motivo: a rotina que atrapalha a adoção e manutenção de hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividade física.

Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde apontam que uma criança que apresenta peso 25% maior que o desejável para sua idade, apresenta o sobrepeso - um alerta para a obesidade. Quando o peso está 30% acima, ela já é considerada obesa. Ambas as condições podem favorecer a doenças futuras.

Ainda de acordo com as estatísticas do Sisvan, em 2021, no Pará, o sobrepeso afetou 7,74% das crianças de zero a 5 anos. Nesta mesma faixa etária, 7,11% de crianças foram afetadas com a obesidade. Já na faixa etária de 5 a 10 anos, 14,34% de crianças estão com sobrepeso, 7,36% de crianças com obesidade e 4,61% com obesidade grave (mórbida). 

A Sespa informa, ainda, que realiza ações de capacitação, monitoramento, assessoramento técnico junto aos gestores e aos profissionais da Atenção Primária a Saúde, além de fornecer material educativo para implementação de alguns programas nacionais a serem executados pelos municípios, como o Programa Crescer Saudável (PCS) e a Estratégia de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja), que propõe estratégias para o combate à obesidade infantil. Ressalta-se ainda a importância de seguir os 10 passos para uma alimentação saudável, promovendo a saúde e prevenindo a ocorrência de doenças associadas à má alimentação.       

 A coordenadora de Nutrição da Sespa, Walkiria Moraes, explica que a prevenção à obesidade infantil já começa na fase de gravidez da mãe, por meio de um ganho de peso gestacional adequado, seguido de aleitamento materno exclusivo até os seis meses e pode ser mantido até dois anos. Após os seis meses, é recomendável que a introdução alimentar à criança que deve ser baseada em produtos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, feijão, arroz, leite, carnes, ovos, castanhas.

Os ultraprocessados, como refrigerantes, biscoitos recheados, macarrão instantâneo, suco de caixinha, salsicha, empanados e salgadinhos devem ser evitados, assim como o excesso de açúcar, o que pode causar dificuldade na aceitação de alimentos saudáveis, importantes para seu crescimento e desenvolvimento. 

O consumo de alimentos em frente às telas causa distração, fazendo com que a criança coma de forma automática e, muitas vezes, em excesso, prejudicando o controle de fome e saciedade e promovendo ganho excessivo de peso.

Para tratamento da obesidade infantil, o Estado mantém dois locais de referência. O primeiro deles é o hospital Jean Bitar, para atendimento de adultos e crianças encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). 

O outro é o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR). Para que a criança seja atendida no local, os pais e/ou responsáveis devem procurar o posto de saúde mais próximo de sua casa para atendimento médico com referência para acompanhamento ambulatorial no Centro. O paciente entrará pela regulação, através da Sespa. Com isso, o usuário iniciará atendimento médico no CIIR e, dependendo da avaliação da especialidade, poderá ser encaminhado para o profissional de Nutrição para iniciar os atendimentos nutricionais.