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Flores e chocolates em exposição em Festival Internacional no Hangar

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/10/2018 00h00

O estado do Pará se tornou o maior produtor de cacau e chocolate do País, ganhando reconhecimento no comércio internacional, representando R$ 850 milhões de renda e gerando 300 mil empregos diretos e indiretos. Assim, nesta quinta-feira (27), foi aberto o V Festival Internacional do Cacau e Chocolate da Amazônia e 17º Flor Pará que acontece até o dia 30 de setembro, no Hangar - Centro de Convenções. O evento visa gerar conhecimento, realizar negócios e incentivar a economia das cadeias produtivas do cacau e das flores paraenses.

O chefe da Casa Civil, Adenauer Goes, representou o governador em exercício durante a abertura, que contou com a presença de secretários de Estado e representantes da cadeia produtiva do cacau, das flores e das joias.

O evento é um espaço de geração de conhecimento, realização de negócios e incentivo à economia das cadeias produtivas do cacau e das flores paraenses. O principal foco é a capacitação, tecnologia, economia criativa e negócios.

Para Adenauer, o cacau, as flores, as joias e a gastronomia são polos de desenvolvimento econômico de essencial importância para a economia do Estado. Ele comentou que o Pará já alcançou o primeiro lugar na produção da amêndoa de cacau e a busca agora é pela verticalização da cadeia produtiva, o que vai agregar muito valor a esta produção criando empregos e possibilitando a multiplicação de renda em torno de um produto que é um nicho especial de mercado.

“O cacau paraense tem a questão especial de ser o cacau selvagem da Amazônia. O Flor Pará é importante, pois trabalha a questão da cadeia produtiva das flores regionais. Aqui na Região Metropolitana se planta muita flor regional e existe um mercado ávido par ser conquistado. As joias têm como referência o Polo Joalheiro, que também tem como foco a verticalização do setor da mineral. São três vertentes muito importantes para o estado do Pará e a cada feira que acontece ocorre uma interligação de mercados nacional e internacional fortalecendo a economia de mercado”, destacou.

Segundo Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) o cacau é originário da Amazônia e foi devolvido para a região através das ações da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). “A cultura começou pela Transamazônica por causa da terra roxa e depois se expandiu para o Nordeste do Pará. Aproveitando os incentivos do BNDES, estamos com a estratégia de aplicar em 130 milhões de hectares e eliminar o nosso passivo e ampliar o cultivo para todo o Estado”, ressaltou.

O Chocolate no Pará - Espécie nativa da Amazônia, o fruto hoje é encontrado em diversas regiões do estado, entre elas o sudeste paraense, onde municípios como Tucumã e São Félix do Xingu, se mostram como terrenos férteis para o afloramento da produção pelas condições naturais e por conta da organização das cooperativas de agricultores. É no sudoeste, entretanto, que fica o pólo de produção não apenas do Brasil, mas do mundo. A região sob influência da Rodovia BR-230, conhecida como Transamazônica, é o grande expoente em produtividade e área plantada, com destaque para Medicilândia, distante cerca de 900 quilômetros de Belém.

A implantação de programas específicos, com aumento significativo nos investimentos, foi determinante para que o Estado tomasse a dianteira no ranking da produção nacional. O Fundo de Apoio à Cacauicultura do Pará (Funcacau) foi o maior deles. Hoje o Estado tem a maior produtividade do mundo, com 911 quilos por hectare, enquanto a média nacional é de 500 quilos por hectare.

Aliado ao programa de incentivos do Estado está o trabalho da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), maior detentora do conhecimento técnico-científico sobre o cacau no País. Pesquisas já identificaram, por exemplo, 22 mil espécies diferentes do fruto, o que faz do banco de germoplasma da Ceplac o maior do planeta.

Para turbinar a produção, somente no ano passado, a partir de convênio com o Estado, foram distribuídas, aos produtores paraenses, 14 milhões de sementes desenvolvidas a partir dessa tecnologia. A tudo isso, soma-se a assistência no campo, essencial para levar o saber ao homem, que lá atua.

Ao longo dos últimos anos, o evento apresentou mais de 250 expositores, 60 mil visitantes e mais de R$20 milhões em negócios diretos e indiretos realizados.

Programação - O Festival traz uma programação dinâmica durante quatro dias com exposição de marcas de chocolate de origem, Feira das Flores e exposição de espécies da flora amazônica, palestras sobre a produção cacaueira, do chocolate e botânica, workshops, aulas práticas, atividades infantis e apresentações culturais.

Entre os destaques da programação no setor de cacau e chocolate está o “chocoday”, no dia 29, sábado, de 15h às 18h30, com a participação de palestrantes nacionais e internacionais, discutindo as tendências do mundo do chocolate. Também será realizado durante o festival, o concurso Melhor Amêndoa de Cacau, escolhida a partir da seleção de amostras de amêndoas de cacau fermentadas e secas de produtores de diferentes regiões do Pará.

Flores - Na área de flores, merece destaque o “flor show”, com oficinas de arranjos florais com especialistas do setor e o curso profissionalizante oferecido pela Escola de Arte Floral Brasileira, que apresentará as mais recentes técnicas do mercado.

Além disso, ao longo de todos os dias do Festival, os visitantes poderão participar do “cozinha show”,  com execução de receitas ao vivo por grandes chefs, workshops e cursos de gastronomia com receitas à base de chocolate, e assistir ao ateliê do chocolate, com esculturas de chocolate feitas na hora por chocolatiers do Brasil. Para as crianças, tem o cozinha kids, um espaço com recreações e minicursos, e o flor kids, que vai disponibilizar oficinas de jardinagem para despertar o interesse das crianças no cultivo de mudas.

A programação inclui cursos, seminários, palestras e oficinas e abrange também as áreas de gastronomia e turismo.

O Circuito Gastronômico do Festival, organizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PA), é o destaque da área da gastronomia. Ele ocorre em paralelo ao Festival, com a participação de 15 restaurantes paraenses que vão criar pratos à base de cacau e chocolate para compor seus cardápios nos meses de setembro e outubro.

A presença do Governo do Estado por meio de projetos sociais e joias, também são destaque na Chocolat Festival e Flor Pará 2018 durante a V Festival Internacional do Cacau e Chocolate da Amazônia e 17º Flor Pará, o público vai poder conhecer alguns projetos desenvolvidos por órgãos do Governo do Estado do Pará.

No estande do Núcleo de Articulação e Cidadania (NAC), será possível encontrar o trabalho realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), Fundação Cultura do Pará (FCP) e Imprensa Oficial do Estado (IOE).

Os visitantes poderão adquirir o trabalho de artesanato produzido pelos adolescentes e jovens que cumprem medidas socioeducativas na Fasepa. Serão apresentados móveis e objetos decorativos com design e grafismo inovador antenado com as últimas tendências. Cadeiras, mesas, jardineiras e mudas de plantas ornamentais e que foram produzidos com materiais confeccionados a partir das oficinas de reaproveitamento de pneus e madeiras. Participam da Feira, não apenas os jovens que estão envolvidos diretamente no processo produtivo e criativo, como também os socioeducandos que se identificam com outras temáticas. Toda a renda é destinada à manutenção do projeto e também para os adolescentes e seus familiares.

O público também vai poder conferir o resultado das oficinas do Curro Velho, da Fundação Cultural do Pará, desenvolvidas em diferentes linguagens artísticas e artesanais. São desenhos, pinturas, fotografias, xilogravuras, grafismos, agendas, cartões em papel reciclado, objetos de madeira, cerâmica, fibra, risque-rabisque, cartonagens, camisas com estampas em serigrafia e tecelagens, entre outros, que podem servir como opções de presentes e brindes.

Outro projeto que será divulgado no estande do NAC é o Livro Solidário, desenvolvido pela Imprensa Oficial em parceria com o Núcleo. A Emater vai expor as plantas cultivadas em projetos como o Cultivando Flores e Vidas, que em parceria com o NAC, capacita profissionalmente integrantes de organizações sociais na área de jardinagem e envasados de plantas ornamentais, com conhecimento técnico e qualificação para o desenvolvimento autônomo da atividade no mercado de trabalho.

Além disso, a Emater também organiza caravanas de agricultores e a mobilização de técnicos de diversas regiões do estado. Mais de 200 produtores virão de Altamira, Medicilândia, São Félix do Xingu, Tucumã, Brasil Novo, Novo Progresso, entre outros municípios.

Orientação - A Emater estará presente no estande institucional esclarecendo o público interessado sobre acesso ao Crédito Rural, Cadastro Ambiental Rural (CAR), Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), entre outras ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). A Empresa executa as atividades do Projeto Integrado (Emater, Sedap e Ceplac) de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), aprovado junto ao Conselho Gestor do Fundo do Fundo de Apoio à Cacauicultura do Estado do Pará (Funcacau) no valor de mais de um milhão para atender mais de 800 produtores, em 9 municípios: Acará, Altamira, Anapú, Cametá, Mocajuba, Novo Repartimento, Pacajá, Tomé Açu, Tucumã e Vitória do Xingu. O projeto será executado integralmente em 4 anos impactando sobre mais de 3 mil famílias que trabalham com cacau.

Pragas - A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) realizará ações de educação sanitária, por meio de distribuição de material informativo e orientação sobre as pragas quarentenárias da Monilíase do Cacaueiro e Broca do Fruto, que atacam a produção de Cacau. O objetivo é alertar a população e produtores rurais sobre a importância de identificar a praga e, principalmente, não transportar frutos hospedeiros sem procedência. Essas pragas podem provocar perdas que variam de 50% a 100% da produção do Cacau e, embora não tenha sido detectada no Brasil, a Monilíase do Cacaueiro ocorre em países vizinhos como Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru, sendo fundamental evitar a entrada de frutos de áreas com ocorrências da praga para áreas livres. O trabalho de educação sanitária realizado pela Adepará é fundamental para que a produção de Cacau continue crescendo, sem risco de praga e, dessa forma, manter o Pará como maior produtor de Cacau do Brasil.