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Adepará participa de evento sobre a cadeia econômica da pimenta-do-reino

Equipe da Agência de Defesa Agropecuária ministrou palestra e contribuiu com os debates em Capitão Poço e Garrafão do Norte

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
20/05/2022 13h38

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), por meio da Diretoria de Defesa e Inspeção Vegetal, participou nos dias 18 e 19 de maio, nos municípios de Capitão Poço e Garrafão do Norte, do evento “O Futuro da Pimenta do Reino” organizado por exportadores de pimenta-do-reino.

A fiscal estadual agropecuária, Thaís Leão, da Gerência de Programas de Pragas de Importância Econômica, ministrou uma palestra sobre o papel da Agência enquanto órgão fiscalizador dessa cadeia produtiva. A engenheira agrônoma ressaltou a necessidade de adoção das boas práticas sanitárias no processo de beneficiamento da pimenta do reino, comercializada para fora do Estado.

A fiscal explicou que, atualmente, a presença da salmonella (Salmonella sp.) tem comprometido as cargas do produto oriundas do Pará. Segundo pesquisas realizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ficou constatado que a presença dessa bactéria ocorre devido à não realização de boas práticas de manejo no processo de beneficiamento do fruto. 

A necessidade de cumprimento das normas tem gerado diversas reuniões entre os elos da cadeia produtiva da pimenta do reino no estado com o objetivo de discutir melhorias no setor e mudar o cenário em que se encontra a cultura no estado.

Com base na pesquisa da Embrapa e no trabalho de assistência rural executado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), a Adepará normatizou a portaria nº 1332/2020, que dispõe sobre os procedimentos obrigatórios para a cultura da pimenteira do reino, seus produtos e subprodutos de interesse econômico em todo o território paraense.

Para cumprir o que determina a portaria, a Adepará fiscaliza todos os atores envolvidos nessa cadeia produtiva, considerando desde o plantio até o produto final. "Tem o produtor que planta, que colhe e beneficia; tem o intermediário que compra a pimenta verde e beneficia, tem outro intermediário que compra pimenta seca e embala. Então, até essa maneira de embalar nós vamos fiscalizar. Não adianta fiscalizar apenas o produtor para ele iniciar todo esse procedimento corretamente e vir o intermediário e não cumprir as normas sanitarias”, explica a fiscal agropecuária, Thaís Leão.

Na palestra, a fiscal também alertou aos produtores que a portaria proíbe o uso de agrotóxico na pimenta-do-reino. “Se for encontrado resquício de agrotóxico ou salmonella a carga não embarca”, afirmou a representante da Adepará.

O próximo evento que discutirá o assunto também será promovido pela iniciativa privada e ocorrerá no dia 27 de maio, no salão de eventos do Parque de Exposições Pedro Coelho da Mota, em Castanhal. Os técnicos da Adepará vão participar e levar as informações para que os produtores se adequem às normas de vigilância sanitária, com o objetivo de garantir a sanidade do agronegócio paraense e a competitividade do produto no mercado nacional e internacional.

Pimenta-do-reino (Piper nigrum)

Até 2018, o Pará foi considerado o maior produtor de pimenta do reino do País, perdendo o status para o Estado do Espírito Santo, que lidera a lista até os dias atuais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Pará, entre os municípios que mais produziram pimenta-do-reino até o ano de 2020, e estão entre os maiores produtores do Estado, destacam-se Tomé-Açu, Baião, Mocajuba, Igarapé-Açu, Capitão Poço, Garrafão do Norte, Nova Esperança do Piriá e Breu Branco.

Texto de Rosa Cardoso