Theatro da Paz abre o Foyer do Salão Nobre para receber de volta a série Música de Câmara
Concerto nesta segunda-feira, 16, reunirá a pianista Ana Maria Adade, com Fernanda Pavanelli, ao contrabaixo, e Roger Brito, ao trompete. Entrada custa R$ 2.
A harmonia entre o som do piano, do contrabaixo e do trompete marcará o retorno da série Música de Câmara ao Theatro da Paz, que abrirá o Foyer do Salão Nobre para receber o público nesta segunda-feira (16), às 18h30. O concerto é uma realização do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Theatro da Paz e Academia Paraense de Música (APM).
A entrada para o concerto custa R$ 2,00 e os ingressos estarão disponíveis a partir das 17h30, na bilheteria do Theatro. O acesso será limitado à lotação do Foyer, que é de cinquenta lugares. Logo após o concerto, haverá o happy hour de inauguração do Café Terrace, que funcionará na varanda lateral do teatro sempre que houver programação no espaço.
No espetáculo, um grupo de três músicos da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP), formado por Ana Maria Adade (piano), Fernanda Pavanelli (contrabaixo) e Roger Brito (trompete), vai demonstrar a importância da prática camerística no aprimoramento musical e performático do instrumentista.
De acordo com o trompetista Roger Brito, a música de câmara é essencial na vida de qualquer músico, pois, além da sua formação e experiência na música de conjunto, é o momento em que ele mostra sua performance individual. “A música de câmara é muito importante para nós instrumentistas, pois conseguimos explorar um pouco mais a nossa individualidade, ter mais liberdade de criação musical e imprimir nossas ideias como artistas”, complementou.
O concerto será uma grande oportunidade de mostrar o repertório solo dos instrumentos, suas características e desafios que apresentam. Outro ponto em destaque é a sonoridade de cada instrumento, que exige um trabalho excepcional no palco, reforça Roger.
Dinâmico - O público pode esperar um concerto bem dinâmico, que vai viajar por vários períodos históricos, começando pelo clássico – executando obras de Joseph Haydn e Karl Ditters Von Dittersdorf – e seguindo pelo período romântico, com obras de compositores como Sergei Koussevitzky e Georges Enesco. O espetáculo será uma viagem pela trajetória dos instrumentos e sua evolução ao longo tempo, pois são os concertos mais exigidos nas audições e escolas pelo mundo – concertos emblemáticos e idiomáticos.
Ana Maria Adade
Pianista, solista e camerista, participa desde a primeira versão do Festival de Ópera do Theatro da Paz. Entre as muitas montagens, alguns títulos são Machbeth, Il Guarani, Otelo, Pescador de Pérolas, Soror Angelica, O Telephone, entre outras.
Atuou de 2006 a 2020 como pianista da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz; foi diretora do Instituto Estadual Carlos Gomes e veio a ser coordenadora de grupos artísticos e de Extensão e Pesquisa da Fundação Carlos Gomes.
Também coordenou e organizou a publicação de vários livros e documentos, entre eles: “Memórias do Instituto Estadual Carlos Gomes”, 2ª Edição do livro “Canções”, de Waldemar Henrique, e o catálogo ilustrativo sobre o “Memorial do Instituto Carlos Gomes”. Participou como pianista da gravação de vários discos do Selo Uirapuru da Secult/PA. Foi pianista do I, II e III curso de “Formação em Ópera para Cantores”, realizado pela Secult/PA e Theatro da Paz e, por fim, participou como pianista na abertura do XX Festival de Ópera do Theatro da Paz.
Fernanda Pavanelli
Contrabaixista natural de Limeira/SP, iniciou os estudos musicais na Escola Livre de Música. Em São Paulo, continuou sua formação na EMESP, de 2013 a 2017, e concluiu em 2020 o bacharelado em Música, na Faculdade Cantareira.
Durante sua trajetória, integrou orquestras como Orquestra de Música de Câmara, da USP/OCAM; Orquestra Jovem do Estado de São Paulo – gravando três CDs: 5ª Sinfonia de Mahler (2018), Mandarim Maravilhoso (2017) e Sinfonia Fantástica (2016). Ainda participou da Orquestra Jovem Tom Jobim, Camerata Cantareira, Orquestra Sinfônica Piracicaba e Orquestra Sinfônica de Limeira.
Em 2018, foi finalista do prêmio Jovens Solistas, da Orquestra Jovem do Estado de SP. Já em 2020, foi aluna da Academia Virtual da Orquestra Sinfônica da Bahia e ganhou o terceiro lugar no prêmio International Orchestra Auditions Awards. Neste mesmo ano, estreou o filme “Verlust”, dirigido por Esmir Filho, com produção de Nora Goulart e elenco com Andréia Beltrão e Marina Lima. Atualmente, é concertino na Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz.
Roger Brito
Roger Brito iniciou seus estudos musicais com seu pai, maestro Rogério Brito, aos sete anos de idade. Teve aulas de piano e iniciação musical sob orientação da professora Marcia Visconte, no conservatório "Forte das Artes", em São Paulo. Foi aluno da turma do professor Fernando Dissenha, na “Faculdade Cantareira”, e também do professor Sérgio Cascaperah, na USP.
Iniciou sua carreira orquestral na OCAM – Orquestra de Câmara da USP (2007 a 2009). Em 2010, participou do Festival Buitenkant XL Jazz, sob a regência do maestro Martin Fondse, em Amsterdam, Holanda. Foi músico da OER – Orquestra Experimental de Repertório (2010 a 2015). Em 2015, foi aprovado na Academia da música da OSESP (2015 a 2017), sob orientação do professor Gilberto Siqueira, e atuou diversas vezes com a orquestra durante a temporada.
Destaca-se também a participação na gravação integral das sinfonias de Villa Lobos, sob a regência de Isaac Karabitchevsky, pelo selo internacional Naxos. Participou de concertos como músico convidado nas temporadas de 2013 a 2018 da Orquestra do Theatro São Pedro e Orquestra Filarmônica, de Minas Gerais (2014) e Orquestra Filarmônica de Goiás (2018).
Foi 1º colocado no prêmio Gilberto Siqueira de Excertos Orquestrais (2016) e convidado para atuar como chefe naipe na Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro (2017 a 2020), atuando em concertos com estrelas do canto mundial, como Anna Netrebko e Elina Garanca.
O trompetista foi bolsista pelo Mozarteum Brasileiro, no Festival Collegium Musicum, em Pommelsfelden, Alemanha (2019), onde atuou como solista e executou a obra “Brandenburgo 2”, de Johan Sebastian Bach.
Atualmente, é primeiro trompetista na Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, atuando como chefe de naipe.
Programa
Karl Ditters von Dittersdorf: Concerto para contrabaixo em Mi maior
Joseph Haydn: Concerto para Trompete em Mib maior
Sergei Koussevitzky: Concerto para Contrabaixo
Georges Enesco: Legend
Giovanni Bottesini: Introduzione & Gavotta
Heitor Villa-Lobos: Melodia Sentimental
*Com informações de Úrsula Pereira (Ascom TP)