Taxa de mortalidade no Hospital Galileu chega a zero no primeiro trimestre de 2022
Em janeiro, fevereiro e março unidade teve 753 internações e celebra as altas com pacientes com vidas transformadas
O compromisso com a segurança, o cuidado e a assistência de qualidade do paciente são o tripé que torna o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), localizado na Grande Belém, uma referência no atendimento na Rede de Saúde do Governo do Estado do Pará. Nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, nenhum óbito foi registrado na unidade, o que torna a taxa de mortalidade zero no HPEG no primeiro trimestre de 2022.
Durante este período, a unidade, considerada como retaguarda de vítimas de traumas ortopédicos, registou 753 internações e 2.217 consultas médicas, as quais incluem também as especialidades de alongamento e reconstrução óssea e cirurgia de traqueia e urologia. O Galileu recebe pacientes de outras unidades da rede para tratamento de saúde especializado de médio a longo prazo, com o acompanhamento, inclusive, de uma equipe multiprofissional proporcionando um atendimento diferenciado.
Altas
Este é o caso do paciente Raimundo Moía Fiel, de 38 anos, morador da Vila de São Benedito, no município de Cametá, no nordeste paraense. Após 40 dias internado na unidade, ele recebeu alta hospitalar, esta semana, sob muita comemoração da equipe de saúde. “Tive um atendimento excelente, com uma equipe muito boa e que está sempre disponível em ajudar”, declarou.
Anne Segovia, coordenadora de Humanização do Galileu, diz que as ações são em celebração à vida. “Esse é o resultado de muito trabalho e o empenho de vários profissionais. Sabemos como é difícil estar hospitalizado, passar dias longe da família e lutando pela vida. Então, cada alta é comemorada como uma vitória”, disse a enfermeira.
Assistência
O lavrador foi vítima de agressão de arma de fogo e branca na região cervical, onde teve a traqueia atingida. Com o ferimento, ele passou por uma cirurgia de traqueoplastia no final de janeiro e foi encaminhado ao Galileu. Para a equipe, o tratamento com diversos profissionais mudou a vida de Raimundo Móia.
“Ele foi para UTI traqueostomizado, com uma sepse pulmonar, desnutrido, com feridas infectadas de lesão por pressão. Foi feito um implante epiglótico, foi tratado o quadro pulmonar, até que teve uma melhora significativa e foi para enfermaria”, lembrou a médica Nonata Trévia. O procedimento epiglótico ajuda o paciente a respirar e falar melhor.
“Raimundo evoluiu muito bem junto à equipe multiprofissional, como acompanhamento com os fonoaudiólogos, fisioterapia e terapia ocupacional. E agora, ele está sem nenhum dispositivo, sem traqueostomia, está caminhando sozinho, falando, consciente e orientado. Ele teve uma melhora clínica importante, por conta da assistência multiprofissional que a gente consegue fazer”, detalhou a médica.
Responsabilidade
Para Alexandre Reis, diretor executivo do Galileu, todo trabalho feito na unidade tm o objetivo de recuperar os pacientes e enviá-los às suas casas com a saúde recuperada. “Estamos aqui em prol do paciente. Além de manter todos os protocolos de qualidade e segurança, também fazemos diversas ações de humanização. Tudo isso, é revertido em resultados impressionantes para o hospital, como dar alta para pacientes, os quais saem com alto nível de satisfação do serviço”, observou o gestor.
Diariamente, a unidade realiza auditorias entre os setores, o que garante a prática correta de protocolos de qualidade e segurança assistencial. Dentre elas, o correto cumprimento das seis metas internacionais de Segurança do Paciente, criadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). São elas: 1) Identificação Correta dos Pacientes; 2) Comunicação Efetiva; 3) melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos; 4) Cirurgia Segura; 5) Redução do risco de infecções associadas aos cuidados em saúde e 6) Reduzir o risco de quedas e lesão por pressão.
Texto: Roberta Paraense/Ascom Hospital Galileu