Mais de 30 veterinários da Adepará são selecionados para pós-graduação em Defesa Sanitária
Além da capacitação profissional, o curso favorece, ao término, uma atualização cadastral com um incremento de renda salarial para os servidores
A Agência Agropecuária do Pará (Adepará) realiza, a partir do mês de abril, em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Pará (CRMV/PA), o I Curso de Pós-Graduação em Defesa Sanitária e Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Inédito na região, o curso é voltado para os fiscais agropecuários, médicos veterinários da instituição e será ofertado em formato presencial. Para a primeira turma, foram selecionados 33 servidores concursados que atuam na defesa sanitária animal em diversas regiões do estado do Pará.
O objetivo é atualizar o conhecimento e criar médicos veterinários especialistas em defesa e inspeção sanitária. Além da capacitação profissional, a pós-graduação favorece, ao término, uma atualização cadastral com um incremento de renda salarial para os servidores.
“Os médicos veterinários selecionados foram priorizados por não possuírem pós-graduação. O intuito é proporcionar o crescimento profissional e garantir a progressão do Plano de Cargos e Carreiras da Adepará. A especialização irá promover maior aprendizado técnico, que consequentemente irá repercutir na atuação laboral da nossa instituição e, posteriormente, melhorar o atendimento ao cliente da Agência”, frisou o diretor de Defesa e Inspeção Animal da Adepará, Jeferson Pinto de Oliveira.
A realização do curso só foi possível graças a uma emenda parlamentar federal com base em um projeto de autoria do professor doutor Djacy Barbosa Ribeiro, apresentado à presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária da época. “A emenda traz recursos para o principal órgão que temos hoje no controle de doenças e qualidade de alimentos, que é a Adepará, ou seja, em prol da qualificação desses serviços”, explica Djacy Barbosa Ribeiro, docente da UFRA e coordenador do curso.
O professor destaca ainda que a oferta de um curso gratuito desse nível para os médicos veterinários do Pará representa a chance de aprimoramento para quem já está inserido no mercado de trabalho.
“Isso demonstra que a UFRA tem interesse na capacitação do seu egresso. A maioria dos médicos veterinários que estão na Adepará são egressos da UFRA e, hoje, estamos oferecendo gratuitamente uma pós-graduação para este profissional que está fora da universidade e já está contratado” acrescenta o coordenador.
Estrutura
Com duração de um ano, a pós-graduação irá abordar assuntos específicos da área de atuação dos médicos veterinários da Agência, como os Programas Oficiais de Defesa Sanitária, Inspeção de Produtos de Origem Animal, Direito Sanitário, Epidemiologia Veterinária, entre outros.
A pós-graduação está dividida em 16 módulos e tem carga horária total de 540 H, com aulas práticas e teóricas. Para concluir a especialização, os alunos terão de realizar atividades práticas e apresentar um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Para poder assistir às aulas, os servidores serão liberados de quinta a sábado, durante o período em que durar o curso.
O corpo docente é formado por especialistas, a maioria doutores na área de defesa e inspeção animal, em um total de 14 professores que foram selecionados por meio de um edital nacional.
“Profissionais locais e de outros estados, que dominam alguma área da defesa agropecuária do Pará, vão discutir assuntos do dia a dia da profissão para que tenham segurança na tomada de decisões”, enfatizou o coordenador.
Para o diretor geral da Adepará, Jamir Macedo, a oferta de uma pós-graduação faz parte das metas da gestão de se tornar referência nacional em defesa agropecuária e isso passa pela qualificação dos colaboradores.
“É mais um passo que damos na capacitação do nosso maior patrimônio, os nossos colaboradores. Proporcionando treinamento e educação continuada aos servidores, avançamos na defesa sanitária disponibilizando essa pós-graduação lato sensu em conjunto com a UFRA e o CRMV”, concluiu.
Texto: Rosa Cardoso/Ascom Adepará