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AGRICULTURA E PESCA

Sedap apoia produção de ostras no Pará  

Por Governo do Pará (SECOM)
02/02/2022 16h38

Ostreicultores  de cinco municípios do nordeste do estado  participaram de uma reunião na sede da secretaria com representantes do setor produtivo do governo estadual

Um divisor de águas para a ostreicultura. Foi assim que os produtores de ostras dos municípios de Augusto Corrêa, Maracanã, Curuçá, Salinópolis e São Caetano de Odivelas, localizados no nordeste do Pará,  avaliaram o resultado da reunião realizada nesta quarta-feira (2) com representantes da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap). Os ostreicultores fazem parte da Rede Nossa Pérola, coordenada pelo Sebrae-Pará que também participou do encontro na sede da secretaria.

 Também participaram da programação pelo Governo do Estado os representantes do Pará Rural e da Adepará. O encontro foi coordenado pelo titular da Sedap, Giovanni Queiroz, que recebeu das mãos dos produtores um documento contendo uma relação de itens reivindicados pelo segmento no estado.

 Entre eles, o investimento na capacidade do produtor para melhorar a infraestrutura de produção e a intermediação da Sedap junto ao Governo Federal para a instalação no Pará de um laboratório de análises da água onde é feita a produção de ostras com a finalidade da verificação  necessária para processar o produto e assim permitir a comercialização para  novos mercados e assim chegar, por exemplo, às prateleiras de supermercados ou restaurantes. Este laboratório permitirá, ainda, comercializar as ostras para outros estados.  

O secretário Giovanni Queiroz ressaltou que a orientação do governador Helder Barbalho aos órgãos do setor produtivo é uma atenção especial ao setor de pesca e aquicultura, em especial, na extração de ostras, camarão e caranguejo. “Essa reunião foi importante porque ouvimos as demandas do setor produtivo efetivamente, ou seja, com quem produz e colhe essa ostra e distribui para o nosso consumo; estamos incentivando o segmento com os olhos voltados para a economia familiar; queremos que eles avancem para terem uma rentabilidade que lhes garanta uma vida digna”, ressaltou. O secretário frisou que o documento entregue será avaliado, mas de antemão, já adiantou que será possível atender ao pleito do grupo. “Nós vamos ter depois que ampliar o financiamento para todos eles, o que é plausível, o que é rentável e com isso alavancarmos a economia do estado”.

O secretário explicou que em relação à instalação no Pará de um laboratório de análise da água seria semelhante ao que funciona nos estados de Santa Catarina e Paraná, que são grandes produtores de ostras.  “Esse laboratório fiscaliza a água onde a ostra é produzida, para verificar se há alguma substância toxica que possa contaminar o alimento; nós vamos atrás do credenciamento desse laboratório junto ao Governo Federal para viabilizar o processamento e comercialização da nossa ostra”, garantiu Queiroz.

O engenheiro de pesca, Rogério Reis, que é filho de produtor de ostra e também trabalha com o produto em Augusto Corrêa, explicou que foi importante o encontro com representantes do Governo do Estado para buscar suporte institucional e financeiro para investir nesta atividade que tem um imenso potencial para a região. “Nós temos todas as condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento dessa atividade, só que o público envolvido ainda tem uma baixa capacidade de investimento e isso acaba gerando uma série de dificuldades em vários aspectos e há alguns que só conseguimos resolver com a ajuda do Estado”, salientou.

 Amazônica- No Pará, a produção em média de ostras é de 75 toneladas anuais, bem menor ainda se comparado com Santa Catarina que aparece como o maior produtor nacional do produto  que produz  99% do molusco de todo o Brasil.  Mas, conforme ressaltou o engenheiro de pesca, a atividade iniciou no estado da região Sul ainda na década  de 70 enquanto no Pará iniciou em 2001 sendo que a comercialização só passou a ser feita em 2006 com o apoio do Sebrae. “As espécies produzidas nos dois estados são totalmente diferentes. Aqui nós temos a Crassostrea gasar, que é nativa da nossa região; a produzida por eles é uma espécie exótica, japonesa, oriunda do pacífico”, explicou o especialista.

 O Pará conta com 80 produtores de ostras divididos em sete associações distribuídas nos cinco municípios localizados no nordeste do Pará. Segundo o engenheiro de pesca, a atividade vem se desenvolvendo no estado e a previsão é o aumento gradual na quantidade de ostreicultores. O Pará é o quarto maior produtor, ficando atrás de Santa Catarina, São Paulo e Paraná.

 Entre os que sobrevivem da produção de ostra no Pará e que participou da reunião na Sedap está a produtora Maria José dos Santos, que há 19 anos trabalha com ostras na comunidade de Santo Antônio de Urindeua, localizada a 20 quilômetros da sede de Salinópolis. Ela lembra que iniciou a atividade com a criação de sementes e com seis meses depois começou a fazer a venda da ostra baby e já trabalha atualmente com a de tamanho master.

Ela disse que vende direto para o consumidor final no município de Salinas. A produtora faz a comercialização com o apoio da Associação dos Agricultores, Pescadores e Aquicultores do Rio Urindeua. A ostreicultora aprovou o resultado da reunião realizada na Sedap. “Tivemos a felicidade de estar na presença do secretário; estou saindo com uma credibilidade grande; ele nos explicou que o governador pediu toda a atenção na nossa atividade e isso nos dá um otimismo muito grande para a melhoria da nossa atividade”, destacou a produtora.

Texto: Rose Barbosa/Ascom Sedap