Alunos da rede pública encerram programação de 2018 de projetos de cidadania
A culminância do Projeto Direitos Humanos em Cena e do Programa Trabalho Justiça e Cidadania (TJC), desenvolvidos com alunos da rede pública de ensino de Belém, ocorreu na manhã desta terça-feira (20). As ações são realizadas pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Diretos Humanos (Sejudh)/Coordenadoria de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo, em parceria com o Tribunal de Justiça do Pará e Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Amatra 8).
Durante todo o ano, 82 educadores da rede pública de ensino participaram de capacitação sobre Direitos Humanos, Violência Intrafamiliar, Abuso e Exploração Sexual, Diversidade de Gênero e Sexualidade, Trabalho Infantil e Aprendizagem, Trabalho Escravo x Trabalho Decente e Tráfico de Pessoas x Processo Migratório. O Projeto Direitos Humanos em Cena e o Programa TJC têm o objetivo de contribuir com o processo de cidadania de crianças e adolescentes, viabilizando ações preventivas contra a violação de direitos, envolvendo a prática de exploração sexual, trabalho infantil e outros crimes.
Para o juiz do Trabalho e presidente da Amatra 8, Pedro Tupinambá, contribuir para a formação dos jovens é o primeiro passo para mudar a sociedade. “Dividir esse conhecimento é fundamental para que possamos mudar o dia a dia desses jovens, seja individualmente ou em coletivo, porque eles fazem parte da sociedade, e ter consciência de seus direitos é o primeiro passo para a mudança como um todo”, ressaltou.
A coordenadora Leila Silva, da CTETP, falou sobre a perspectiva de expandir o projeto para toda a comunidade, a fim de beneficiar outras crianças. “O maior desafio hoje é tornar o DH em Cena uma política pública, para que possamos disseminar em todo o Estado, haja vista que é um projeto de fortalecimento para o ambiente escolar”, frisou a coordenadora, acrescentando que “poder se enxergar como sujeito de direitos, ver que as dificuldades fazem parte de um contexto e, a partir daí, saber diferenciar quem pode contribuir para que essa realidade mude, melhorando sua condição de vida, é o mais importante”.
Temas - Pela manhã, alunos das escolas estaduais de Ensino Fundamental e Médio Celso Malcher e Barão do Rio Branco, e também do Movimento República de Emaús, fizeram apresentações teatrais sobre os temas discutidos em sala de aula, como violência doméstica e trabalho escravo.
A estudante da Escola Celso Malcher, Elisângela Alves, 14 anos, se emocionou ao interpretar uma jovem que sofria violência doméstica e ressaltou a importância de falar sobre o assunto para os jovens. “Estou muito emocionada por ter a chance de mostrar para os meus colegas que violência não leva a lugar nenhum, e poder conscientizar os jovens é muito importante, para que no futuro eles não sejam agressores”, declarou.
