Mais de 3 mil servidores públicos participam de seminário sobre políticas para o autismo
Em alusão ao Dia Mundial de Luta da Pessoa com Deficiência, a programação resultou do Programa “Capacitar para Incluir”
No Dia Mundial de Luta da Pessoa com Deficiência – 21 de Setembro, 3.247 servidores públicos participaram do I Seminário Estadual de Políticas para o Autismo, realizado pela Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA), Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas Públicas para o Autismo (Cepa), e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), como parte do Projeto TEA.
A programação, finalizada à noite, foi totalmente on-line e voltada para servidores públicos que atuam nas esferas municipal, estadual e federal, com interesse em conhecimento para uma atuação profissional cada vez mais inclusiva.Autoridades e um grupo de servidores que participou da qualificação
Resultado do Programa “Capacitar para Incluir”, o Seminário foi a atividade final para os servidores dos cursos em nível de aperfeiçoamento em “Políticas Públicas e Gerenciamento de Processos Inclusivos: Um olhar para o transtorno do espectro autista” e “Projeto TEA: inclusão, desenvolvimento e autismo na Amazônia”.
Qualificação - O evento contou com uma programação de capacitação a partir de salas virtuais. “O Seminário promoveu a qualificação dos 500 cursistas que finalizaram os cursos, com mais de 100 oficinas, com o objetivo de capacitar abertamente os servidores públicos do Pará”, informou Nayara Barbalho, coordenadora da Cepa.Nayara Barbalho (d) e uma das servidoras certificadas
O programa visa capacitar servidores e pessoas em geral nas áreas de saúde, assistência social, educação, cultura, esporte e lazer, e nos demais temas pertinentes ao processo de inclusão de pessoas com deficiência, especialmente pessoas com autismo e suas famílias.
Flávia Marçal, coordenadora pedagógica dos cursos finalizados nesta semana e representante do Projeto TEA, ressaltou que este é um momento histórico para o Estado. “Primeiro, por ser um projeto de referência no campo da capacitação, que irá possibilitar aos servidores atuarem na gestão pública com um olhar de inclusão para a pessoa com autismo e suas famílias. E, segundo, pelo fato de a estrutura do Programa Capacitar para Incluir estar embasada na intersetorialidade, e envolvendo a Universidade. Dessa forma, não somente o projeto é pioneiro, como dá cumprimento à legislação sobre o tema, como a Lei Federal 9.136/2015 e a Lei Estadual 9.061/2020”, explicou.
No Seminário, os servidores puderam escolher entre 100 salas de aula simultâneas, abordando diferentes conteúdos voltados às Políticas para o Autismo.
Mudança de visão - Segundo Nayana Dias Pajeú Bittencourt, sua visão sobre inclusão mudou após o curso. Professora da rede estadual de ensino em Conceição do Araguaia (município do Sul do Pará) e formada pelo curso “Políticas Públicas e Gerenciamento de Processos Inclusivos: Um olhar para o transtorno do espectro autista”, ela disse que o desejo de expandir este conhecimento foi o incentivo para convidar outros servidores para o Seminário. “Sabia das dificuldades que encontramos hoje em dia nas salas de aula, e aprender a trabalhar com alunos autistas é algo que deve agregar não só a mim, mas aos meus colegas também, pensando nos alunos autistas que podemos receber em nossas escolas, com um acolhimento sendo realizado da melhor maneira”, avaliou.Representantes de órgãos promotores e do evento
A equipe que Nayana Bittencourt faz parte apresentou a palestra com o tema: Desenvolvimento Humano: Como observar na prática os sinais de autismo na escola? Ela acrescentou que “esperamos ter realizado aquilo que foi proposto pelo Seminário, de disseminar a informação sobre as práticas inclusivas entre os servidores públicos, que precisam estar atentos a isso".
Certificação - No dia 20 de setembro foi realizada a cerimônia simbólica de certificação do Programa “Capacitar para Incluir”. Quinhentos estudantes, de 14 municípios paraenses, foram formados nos cursos realizados de forma conjunta pela EGPA, Cepa, Sespa e Projeto TEA, da Ufra.