Tranquilidade marcou primeiro domingo de folia na Cidade Velha
Quem foi ao bairro da Cidade Velha, conferir o primeiro domingo do pré-carnaval de 2016, encontrou um grande aparato de segurança montado desde as 14h. A integração dos órgãos de segurança estadual e municipal e o cumprimento das medidas de responsabilidade dos organizadores foram determinantes para o sucesso do evento, mas somente esta segunda-feira (10, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) fará um balanço completo do esquema de vigilância.
Cerca de 250 agentes das forças de segurança do Estado e do município garantiram a tranquilidade dos foliões que foram se divertir na área histórica de Belém. Do total do efetivo, aproximadamente 100 eram policiais militares.
Atrações - Por volta das 17h, o bloco “Fofó de Belém”, puxado pelo cantor Eloy Iglesias, saiu da praça do Carmo em um mini trio. Levou junto um público de 4 mil pessoas, segundo os organizadores da Liga dos Blocos de Carnaval da Cidade Velha. O primeiro bloco da programação do mês chegou ao local de dispersão (avenida Almirante Tamandaré) próximo das 20h – limite de tempo firmado entre a Segup e os donos de bloco.
“Vamos seguir o horário definido em reunião. Nosso policiamento foi montado dentro do programado. A avaliação é muito positiva. O apoio de todos os órgãos e o isolamento físico feito pelos organizadores, assim como a segurança particular, foram importantes”, disse o coordenador da operação, o tenente-coronel PM Renato Dumont.
A PM atuou com várias frentes de policiamento - incluindo homens da cavalaria e batalhões ambiental e tático, com o uso de viaturas e de motocicletas. Duas novidades já estão sendo utilizadas neste ano: um drone para monitoramento das principais ruas da Cidade Velha e cinco plataformas de observação - destinadas às equipes do Corpo de Bombeiros e da PM - montadas pontos estratégicos, como a rua Dom Bosco, que dá acesso à praça do Carmo.
Como é tradição, muita gente acompanhou a passagem do bloco dos pátios, janelas ou mesmo das calçadas das suas residências. A empresária Salomoni, 35, descontraiu-se com os familiares na casa da avó. “Nesse período, percebemos que a polícia intensifica o policiamento, e isso nos passa tranquilidade”, avalia.
Moradora do bairro há três décadas, dona Sandra Corrêa juntou familiares e vizinhos e aproveitou em frente da casa. “Está bem organizado. Estamos admirados, pois não temos carro em cima das calçadas e pessoas fazendo necessidade no meio da rua”, comemorou.
A concentração operacional da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foi montada na praça do Arsenal, no final da avenida Almirante Tamandaré. Lá, várias equipes de militares, agentes do Departamento de Trânsito do Estado, além da Guarda Municipal, da Secretaria Executiva de Mobilidade Urbana e Secretaria Municipal de Economia, se encontravam de prontidão.
Outras equipes da Polícia Civil, ligados à Diretoria de Polícia Especializada (DPE), Delegacia de Meio Ambiente (DPA) e Divisão de Polícia Administrativa (DPA), fiscalizavam possíveis casos de poluição sonora, licenças de estabelecimentos comerciais e para o trânsito de trios. “Acreditamos que o carnaval deste ano será tranquilo, devido o melhor planejamento dos organizadores, mas vamos fiscalizar. Qualquer alteração, vamos encaminhar para a Seccional do Comércio”, garantiu a delegada Andrezza Franco.
O aparato oferecido ao evento foi determinante à prevenção de delitos e casos de violência. “Se não fosse a Segup, não estaria ocorrendo este evento”, afirmou o diretor de infraestrutura da Liga dos Blocos, Carlinhos Belo. Acompanhando a movimentação estava Anderson Farias, 36. Com o filho no colo, o morador da Doutor Malcher também fez elogios ao policiamento. “Estou morando há pouco tempo aqui, mas vi os policiais aqui desde cedo, além de banheiros químicos”.
O vendedor de lanches, Marcelo Freitas, 35, estava com o carro de lanche ao final da Tamandaré e opinou: “A violência está demais. Ter a polícia por perto é muito bom para o meu negócio”.