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Santa Casa destaca a importância da promoção de protocolos universais de atendimento

Por Governo do Pará (SECOM)
17/09/2021 14h58

O “#sextou” da dona de casa Fabiana Miranda, de 25 anos, foi ninando os filhos gêmeos no Centro Obstétrico (CO) da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCM). Ela deu à luz a Wayllon e Waykan. A experiência da cesariana na maior maternidade da região norte do Brasil é resumida em poucas palavras e muitas emoções: “Deu tudo certo”, afirmou Fabiana.

Neste 17 de setembro, Dia Mundial da Segurança do Paciente, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para promoção de protocolos universais de atendimento hospitalar, a família de Fabiana Miranda, que é do município de São Caetano de Odivelas, na região do Salgado, ilustra um fluxo que se consolida como referência em assistência materno-infantil de média e alta complexidades do Sistema Único de Saúde (SUS) na Amazônia, no âmbito do Governo do Estado.Enfermeira Rosângela Carvalho (e), especialista em Obstetrícia, com um dos bebês nascidos na Santa Casa

“Atuamos na perspectiva de uma Cultura de Segurança Organizacional, que integra o Planejamento Estratégico geral da Santa Casa e se fortalece por qualificação contínua dos servidores, com revisão permanente de processos e cumprimento de metas”, declara a assessora de Gestão da Qualidade e Segurança (ASGQ), Camila Negrão, enfermeira, especialista em Neonatologia e em Qualidade e Segurança. 

O tema da celebração 2021 do Dia Mundial é “Cuidado Materno e Neonatal Seguro”, área em que a Santa Casa destaca-se com infraestrutura e expertise, sendo titulada, desde 1989, como Hospital Amigo da Criança, pelo Ministério da Saúde (MS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência (Unicef). Ainda, o hospital é certificado desde 2019 no Nível II da Organização Nacional de Acreditação (ONA), organização não-governamental (ong) cuja metodologia é reconhecida pela International Society for Quality in Health Care (ISQua), associação parceira da OMS e ativa em mais de 100 países.  

Fabiana Miranda aconchega os gêmeos Wayllon e WaykanNa semana que vem, de 20 a 24 de setembro, segunda a quinta-feira, de 8h às 17h, a Comissão de Segurança do Paciente, da qual a ASGQ faz parte, coordenará uma dinâmica com cerca de 700 servidores em uma sala de educação do prédio Almir Gabriel: em revezamento, no sentido de distanciamento social e medidas preventivas ante a covid-19, grupos de até quatro profissionais participarão de uma simulação em uma unidade de atendimento teatralizada, com o objetivo de reforço de diretrizes e de espírito de equipe.  

Pacientes e Servidores

Fabiana Miranda já era mãe de Sâmia, 9, quando conheceu na internet o encarregado de terraplanagem Luiz César Silva, 45, paulista do interior, Presidente Prudente, que na época morava a trabalho em Porto Velho, capital de Rondônia. Logo o relacionamento virtual evoluiu para o presencial e a jovem engravidou. 

O casal apostou em uma simpatia dos ancestrais para investigar o sexo do bebê: “Foi quando descobrimos que na verdade eram dois, dois meninos. Meu marido pegou três cadeiras e colocou assim, debaixo delas, sem eu ver: um garfo, uma colher e dois garfos. Escolhi uma cadeira para sentar e era certinho a de dois garfos. Ele virou pra mim com confiança: ‘São gêmeos, e meninos’”, diverte-se a puérpera.

No momento em que o primeiro ultrassom confirmou a informação, Luiz César foi taxativo: “Não avisei?”. Fabiana fez o pré-natal na Unidade Básica de Saúde (UBS) no bairro do Cachoeiro, onde moram. A gestação transcorreu sem intercorrências, até que, às 38 semanas, em uma consulta de rotina, houve o alerta de perda de líquido amniótico.Funcionários se empenham para oferecer o acolhimento necessário às mães e aos bebês

A paciente chegou à Santa Casa de ambulância, na noite dessa quinta-feira (16), por encaminhamento da Prefeitura de São Caetano de Odivelas. As crianças nasceram às 21h30. “E aqui não posso reclamar de nada. Fui muito bem tratada. Dá para perceber que são profissionais muito preparados, que sabem o que estão fazendo, e que o Hospital mesmo é todo limpo, tem tudo, e eles são carinhosos e compreensivos. O Luiz veio agitado, nervoso, mais do que eu sentindo a dor do parto, e todos entenderam e facilitaram para que ele se acalmasse”, detalha. 

De acordo com a enfermeira Rosângela Carvalho, especialista em Obstetrícia, que acumula 29 anos de prática na Santa Casa, situações como a de acompanhantes desassossegados são comuns no dia a dia da emergência obstétrica, e a administração do momento é pressuposta pela capacitação para partos humanizados: 

“Nossa atenção aqui não é só técnica, é multifatorial e multiprofissional: são equipes prontas para garantir que o evento do parto se realize da forma mais eficaz possível, com proteção não só fisiológica dos pacientes, como também emocional, social. E isso, todo esse processo, a gente vai atualizando e aperfeiçoando, na Gestão Integrada”, explica a enfermeira da Santa Casa, Rosângela Carvalho. 

As normatizações de segurança obstétrica, por exemplo, direcionam a observância imediata, estratégias de minimização de riscos e aplicação de ferramentas específicas para quadros de Síndrome Hipertensiva Específica da Gravidez (SHEG) e Hemorragia Pós-Parto (HPP). 

“Sempre com foco no paciente e investindo na capacitação do servidor para oferecer o cuidado seguro e de qualidade, a Santa Casa vem alcançando resultados positivos, com cumprimento progressivo de metas de segurança, como a ocorrência xero zero de Parada Cardiorrespiratória (PCR) no conjunto das Unidades de Internação Materna. Este ano, esperamos alcançar resultados ainda mais promissores a partir da dinâmica realística”, entusiasma-se a enfermeira Regina Bastos, especialista em Obstetrícia e em Qualidade e Segurança, membro da ASQG.  

Dinâmica   

A assessora Camila Negrão destaca que, mesmo no tempo mais crítico da pandemia de covid-19, com pressão extrema e ajuste de funcionamento, o padrão se manteve: “A FSCMP comemora o Dia com a Gestão, os líderes e, claro, os servidores, verdadeiros protagonistas da implementação da Política da qualidade e Segurança. Trabalhamos pelo paciente e pela sociedade”, conclama. 

A Dinâmica simulará uma unidade de internação com bonecos no papel de paciente e bebê.  “Ali, em grupo, o servidor que apóia ou presta a assistência ao paciente poderá refletir sobre diversas questões envolvendo os protocolos institucionais e as metas de segurança do paciente”, reitera a responsável.

Os grupos depararão com um cenário de casos para identificação do paciente, comunicação efetiva, uso seguro de medicamentos, cirurgia segura, higienização das mãos e prevenção de quedas e prevenção de lesão por pressão, para trabalharem indicando o que será adequado e o que será inadequado.

Haverá brindes para premiação individual pela participação e para os grupos com melhor performance. 

*Texto de Aline Miranda (FSCM).