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Metropolitano aponta aumento de 10% no atendimento de crianças vítimas do trânsito

No primeiro semestre de 2021, a unidade registrou 135 admissões de pacientes entre um mês de vida e 14 anos de idade; em 2020, foram 122 atendimentos

Por Governo do Pará (SECOM)
02/09/2021 14h01

Profissionais de Saúde do Hospital Metropolitano alertam sobre a importância dos cuidados com as crianças no trânsito No mês de agosto passado, dois acidentes graves ganharam destaques nos principais noticiários paraenses, pela gravidade e pelas vítimas envolvidas. O primeiro foi no dia 18, no km 10 da rodovia BR-316, em Marituba. O outro acidente ocorreu no dia 25, desta vez na avenida Nazaré, bairro nobre de Belém. Em comum, os dois acidentes resultaram na morte de duas crianças. Uma de dois meses de vida; a outra, de dois anos de idade. Além das vítimas infantis, nos dois casos, as mães das crianças também não resistiram aos ferimentos.

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém (RMB), informa que a unidade realizou um comparativo entre os meses de janeiro a junho de 2020 com o mesmo período deste ano de 2021. O resultado aponta um crescimento de 10,65% no número de atendimentos a pacientes entre um mês de vida a 14 anos de idade.

Segundo os dados do hospital, no primeiro semestre de 2020, foram admitidas 122 crianças e adolescentes. Neste ano, no mesmo período, o Metropolitano registrou 135 atendimentos de pacientes na mesma faixa etária, todas vítimas de acidentes de trânsito.

O autônomo Genesis dos Santos é do município de Ourém, nordeste do Pará, e está no Metropolitano acompanhando o filho, de apenas 5 anos. O menino foi atropelado por um carro e foi trazido para o hospital após sofrer diversas fraturas em uma das pernas.

“Ele estava brincando com outras crianças e por um momento de descuido, um carro acabou atingido ele. Meu filho caiu no chão e o veículo acabou passando por uma das pernas, o que causou grandes lesões”, contou o pai.

Por ser referência no tratamento de traumas de média e alta complexidades, o Hospital Metropolitano recebe pacientes de várias regiões do Pará. A unidade do Governo do Estado, sob a gestão da Pró-Saúde, oferece atendimento 100% gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Acidentes trânsito são a principal causa de morte de adolescentes até 14 anos de idade

De acordo com o Ministério da Saúde, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte de vítimas de até 14 anos no Brasil. Os dados mais recentes da pasta apontam que no ano de 2018, foram 680 óbitos de crianças nesta faixa etária. Em 2019, 8.704 foram hospitalizadas em todo País.

Com o intuito de evitar esse tipo de acidente, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece que crianças de até um ano de idade (até 13kg) devem ser transportadas no bebê conforto. Já o assento de elevação serve para crianças entre quatro e sete anos (entre 15 e 36kg). As faixas etárias maiores, até 10 anos, já podem usar o cinto de segurança.

O descumprimento dessas regras é infração gravíssima pelo CTB. “Os pais têm a responsabilidade de proteger os seus filhos, já que a criança não tem condições e nem responsabilidade de prover a sua própria segurança”, explicou o médico e coordenador do Pronto Atendimento do HMUE, José Guataçara.

“As crianças são um dos grupos mais vulneráveis a acidentes no trânsito. Seus corpos são mais frágeis e ainda estão em desenvolvimento. Casos mais graves poderiam ser evitados se as orientações de segurança fossem seguidas”, completou o médico.

Campanha de conscientização do Hospital Metropolitano

Para tentar evitar que mais pessoas sejam vítimas de acidentes de trânsito, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência realiza durante todo o ano, diversas ações em relação aos riscos da direção perigosa.

Um desses projetos é o “Direção Viva”, que tem o objetivo de sensibilizar os condutores que trafegam na Rodovia BR-316. As ações já atingiram milhares de pessoas e contribuíram com a diminuição no número de acidentes de trânsito na Região Metropolitana de Belém e cidades interioranas.

Outra ação é o “Quero Andar de Moto Até Morrer e Não Morrer Andando de Moto”, que tem como foco a conscientização dos efeitos da imprudência no trânsito, além da redução de custos, com otimização da assistência.

“As campanhas, tanto de palestras educativas nas escolas quanto panfletagem, na rodovia BR-316, são apenas algumas das muitas iniciativas que buscam conscientizar as pessoas quanto à segurança no trânsito”, destacou a diretora Hospitalar do Metropolitano, Alba Muniz.

*Texto de Diego Monteiro (HMUE).