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Escola Benjamin Constant discute direitos humanos em projeto da Sejudh

Por Redação - Agência PA (SECOM)
19/01/2017 00h00

Na tarde desta quinta-feira (19), estudantes da Escola Estadual Benjamin Constant fizeram, na própria unidade, uma encenação teatral e apresentação musical sobre temáticas relacionadas aos direitos humanos. O espetáculo marcou o fim das atividades do projeto “Direitos Humanos em Cena”, desenvolvido pela Coordenadoria de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo, da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).

O projeto iniciou as atividades na escola em maio de 2016 e surgiu com a proposta de trabalhar a temática dos direitos humanos de maneira dinâmica no ambiente escolar. O intuito é sensibilizar os jovens a partir de discussões temáticas e incentivar o reconhecimento de atitudes preventivas.

Antes da apresentação artística, foi exibido um vídeo com depoimentos dos estudantes sobre as temáticas debatidas pelo projeto que mais marcaram durante o ano, como igualdade racial e violência sexual. A encenação teatral foi apresentada e produzida pelos próprios alunos e tratou de temas como bullying, racismo e violência contra a mulher. Eles mostraram como essas temáticas podem estar presentes no dia a dia e deram uma lição de como combatê-las. Um coro formado por alunos entoou canções que transmitiam mensagens de paz e amizade.

O evento teve a presença de alunos, pais, professores, coordenadores e colaboradores do projeto, como membros da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Tribunal de Justiça do Estado (TJE), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – eeção Pará, Grupo de Mulheres Prostitutas do Pará (Gempac) e Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8ª Região. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Michel Durans, também esteve presente.

Para a professora  Giselle Fraiha, o projeto trouxe nova perspectiva aos estudantes. “Sou da área da sociologia, e trabalhar no projeto foi algo muito gratificante. Hoje vemos que nossos alunos assimilaram tudo o que foi debatido e que disseminam esse aprendizado em seus lares e nas conversas com os amigos”, frisou.

Ao longo do ano, o projeto debateu temáticas que cativaram a curiosidade dos alunos. “Para mim, todas as conversas eram um aprendizado novo, mas fiquei muito impressionada quando eles mostraram sobre o tráfico humano e o tráfico de órgãos. Isso era algo que nunca pensei que acontecia tão perto de nós. Precisamos sempre estar atentas a esses tipos de crimes”, comentou Jade Borges, estudante do nono ano.

O aluno Augusto Oliveira disse que, graças ao projeto, hoje consegue identificar violações de direitos que ocorrem no cotidiano. “Quando foi debatida a questão da violência contra a criança, percebi que isso é algo que ocorre na rua da minha casa. Isso foi marcante para mim, pois aí percebemos que isso não está distante, pode estar ocorrendo perto de nós e nem percebemos”, assinalou.

Segundo Jeanete Gomes, assistente social da Sejudh, o engajamento dos alunos se deu pelo fato da escola Benjamin Constant ser uma instituição de tempo integral. “A grande maioria deles participou das atividades. Sempre se mostraram muito interessados, fazendo perguntas ou questionamentos. É gratificante saber que eles ouviram e prestaram atenção em tudo que foi mostrado”, disse.

Após a finalização das apresentações, Michel Durans agradeceu aos parceiros que colaboraram com o projeto, pela parceria com a coordenação pedagógica da escola e pela participação d os alunos, professores e membros da comunidade escolar. “Trabalhamos com o intuito de propagar todas as temáticas dos direitos humanos. É com orgulho e felicidade que vejo que deixamos grandes resultados aqui na Benjamin Constant, pois agora esses jovens serão multiplicadores de tudo o que foi aprendido durante as atividades do projeto”, destacou o secretário.