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Núcleo especializado em Transtorno do Espectro Autista chega a 7 mil atendimentos em 6 meses

Criado pelo Governo do Pará, o Natea oferece a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) que auxilia no desenvolvimento de pessoas com autismo

Por Melina Marcelino (SESPA)
21/07/2021 13h06

Coordenadora estadual de Políticas para o Autismo, Nayara Barbalho: "A ideia é descentralizar o Natea para outros municípios polos". No mês de julho, o Núcleo de Atendimento Transtorno do Espectro Autista (Natea), completa seis meses de funcionamento e já realizou aproximadamente sete mil atendimentos com médicos especialistas e equipe multiprofissional. Mensalmente o Natea atende cerca de 300 usuários, no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém. Focado na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e em outras evidências científicas, o espaço oferece serviços multiprofissionais que auxiliam no desenvolvimento de pessoas com autismo.

“Avalio de forma positiva, não havia no Estado nenhum serviço de saúde que prestasse atendimento qualificado baseado nas maiores evidências científicas para o autismo, estamos provendo aos usuários assistência em análise do comportamento aplicada, terapia de integração sensorial, musicoterapia, educação física adaptada e outras intervenções multiprofissionais”, afirma a coordenadora estadual de Políticas para o Autismo, Nayara Barbalho. 

A intenção, frisa ela, é expandir o serviço para outros municípios. “A ideia é que o espaço Natea e outras práticas com evidências científicas realizadas no núcleo possam ser descentralizadas e regionalizadas para outros municípios polos. Portanto, já realizamos articulações com gestores de municípios que já apresentaram demanda através das Carteiras de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea)”. 

A Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), emitida pela Sespa, é um documento para que as pessoas com autismo possam ter prioridade no atendimento em serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social. A carteira também propiciará a primeira base de dados sobre o autismo no Pará.

Nos últimos anos, o Pará tem avançado na política pública voltada para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por meio de ações inclusivas, que integra a Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Peptea), instituída pela Lei nº 9.6061, sancionada em maio de 2020, pelo governador Helder Barbalho. Nayara explica quais outras ações também  estão sendo realizadas pelo Estado.

“Continuamos trabalhando com os cadastros das CIPTEA’s para ampliar a primeira base de dados sobre autismo no Estado, emissão de Registros Gerais em parceria com a Defensoria Pública, capacitação em andamento em parceria com a Escola de Governança Pública do Estado do Pará, através do projeto “capacitar para incluir” para sete municípios, ações de saúde, cidadania e educação através do projeto “CEPA pelo Pará”, capacitação de servidores municipais e estaduais, além disso, também estamos atualmente trabalhando na elaboração de alguns documentos oficiais da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo como manuais de orientações e informativos”, explica a coordenadora.