Famílias de socioeducandos terão acesso a cursos profissionalizantes com o apoio do TerPaz
Articulação entre Fasepa, Seac, APPP e Fábrica Esperança visa ampliar capacitação para ofertar condições de empregabilidade também a familiares dos jovens assistidos pela Fundação
Em continuidade às ações de integração social do Programa Territórios pela Paz (TerPaz), a partir de agora, a parceria entre a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), a Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (SEAC) e a Associação Polo Produtivo do Pará (APPP) Fábrica Esperança, além de certificar socioeducandos em cumprimento de medida de semiliberdade e os jovens em pós-medida, também irá contemplar seus familiares com cursos profissionalizantes.
Essa foi uma das decisões tomadas em reunião realizada na última terça-feira (13), na sede administrativa da Fundação, em Belém, com a participação da diretora de Atendimento Socioeducativo da Fasepa, Vilma Moraes, do diretor das Redes Locais de de Cidadania e articulador do Projeto TerPaz, Osvaldo Coelho, e das representantes da Fábrica Esperança, gerente de Reinserção Social da APPP, Roseane Barbosa, e coordenadora de ensino, Mayara Ribeiro.
Segundo a diretora, “nós iremos poder direcionar os familiares dos socioeducandos que estejam em condições de participar dos cursos profissionalizantes porque acreditamos que a família dos socioeducandos precisam também protagonizar esse momento e essa oportunidade que eles estão tendo de se qualificar e se profissionalizar”.
Durante o encontro foi fortalecida a continuidade dos socioeducandos que fizeram parte da primeira etapa de cursos e novos socioeducandos que serão inseridos conforme avaliação técnica. São 250 vagas, mas em virtude da pandemia, os cursos estão sendo ministrados a cada três meses, com 30 vagas ofertadas nos cursos de mecânico de moto, mecânica de refrigeração e embelezamento. Os organizadores trabalham com a perspectiva de que esse número aumente após a pandemia.
Programa TerPaz
O Programa Territórios pela Paz (TerPaz) consiste na articulação de políticas públicas de inclusão social entre Secretarias, Fundações e órgãos da administração direta e indireta. Segundo a gestora Roseane Barbosa, o projeto dá oportunidade a esses socioeducandos na reinserção no mercado de trabalho.
“Hoje a gente tem, mais do que nunca, certeza de que esse trabalho dá certo, porque hoje a Associação Polo Produtivo do Pará admitiu um socioeducando, garantindo todos os direitos trabalhistas para ele, e isso foi mérito dele”, afirma Roseane, ressaltando o trabalho como prevenção para que os socioeducandos não se tornem futuros egressos do sistema prisional.
Como representante da Seac, que tem por finalidade institucional promover a articulação com entes governamentais e não governamentais para o desenvolvimento de uma cultura de paz, com foco na inclusão social e geração de oportunidades culturais, educacionais, econômicas e de exercício de direitos, Osvaldo acredita ser importante esse compromisso interinstitucional para inclusão social.
“As expectativas são as melhores possíveis, pois a reunião foi muito produtiva. O nosso objetivo é que os socioeducandos comecem e terminem os cursos, e isso ficou muito bem amarrado nessa reunião”, destacou o diretor.
A Fasepa se comprometeu em encaminhar o relatório de acompanhamento e avaliação da primeira etapa dos cursos, além da relação de novos socioeducandos e respectivos familiares que serão inseridos na nova etapa de cursos. Um momento solene foi marcado para o dia 13 de agosto para a entrega dos certificados da primeira etapa dessa ação.
Texto: Dani Valente/ Ascom Fasepa