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Especialista do Ophir Loyola orienta sobre identificação de sinais do câncer de fígado

O câncer de fígado é uma doença silenciosa e, na fase inicial, a remoção do tumor e o transplante são considerados tratamentos curativos

Por Governo do Pará (SECOM)
25/06/2021 14h27

Especialista em cirurgia oncológica do Hospital Ophir Loyola, Isamur Lima: "é importante procurar ajuda médica para diagnóstico precoce"Perda de peso sem causa aparente, inchaço na barriga, dor, especialmente do lado direito do abdômen, peles e olhos amarelados e enjoos constantes podem ser sinais do câncer de fígado. Em Belém, o especialista em cirurgia oncológica do Hospital Ophir Loyola, Isamur Lima, destaca que os mesmos sintomas também estão relacionados a outras doenças, por isso, é importante procurar ajuda médica para um diagnóstico preciso, pois a neoplasia hepática é uma doença silenciosa inicialmente. 

“O maior problema dos nódulos no fígado é que eles não costumam apresentar sintomas na fase inicial, normalmente, quando demonstram algum alerta, já estão em fase avançada e com difícil tratamento. Diante disso, em média 60% dos pacientes são diagnosticados tardiamente”, explicou o doutor Isamur Lima.

Ele destaca que o câncer de fígado se origina a partir de células que compõem o órgão, como hepatócitos, canais biliares ou vasos sanguíneos, sendo geralmente, bastante agressivo. É também um dos tumores sólidos constantemente diagnosticados. Entre os exames usados para confirmar o diagnóstico está a tomografia computadorizada, um exame não invasivo para reproduzir imagens dos órgãos internos e a laparoscopia, um procedimento minimamente invasivo que permite a visualização direta do órgão. Além das análises, o clínico pode solicitar a biópsia. 

O cirurgião também explica que há duas categorias de tumores, primário, quando surge diretamente no fígado, e o secundário, por metástase do câncer de outros órgãos como pulmões, estômago e intestino, por exemplo. “80% dos tumores primários estão relacionados à cirrose hepática, uma doença em que o tecido hepático normal é substituído por tecido fibroso, que impossibilita o sangue de fluir pelos órgãos e impede o fígado de desempenhar sua função devida. Quanto aos tumores secundários ou metastáticos, os fatores de risco vão conforme as doenças de outros órgãos, é mais frequente em tumor maligno no intestino grosso", acrescentou. 

O fígado exerce funções de proteção no organismo contra substâncias tóxicas, ele regula o nosso metabolismo através de nutrientes, destrói células quando estão velhas, além de sintetizar alguns fatores de coagulação. Também é considerado um dos maiores órgãos do corpo humano. 

Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a previsão de novos casos da doença no Brasil é de 10.902, 6.317 homens e 4.584 mulheres. Atualmente, o HOL tem um total de 65 pacientes em tratamento, 36 do sexo feminino e 29 do sexo masculino. O tipo de recurso terapêutico é definido de acordo com a fase em que a enfermidade se apresenta. 

“Em quase todos os casos, o tratamento é feito com cirurgia para retirar toda a área afetada. Porém, pode ser necessário fazer quimioterapia ou radioterapia antes da cirurgia para diminuir o tamanho do câncer e facilitar a sua remoção. Nos casos mais graves, em que o câncer está muito desenvolvido ou se espalhando para outros órgãos, os mesmos procedimentos podem ser utilizados, no entanto, apenas depois da cirurgia para tentar eliminar as células cancerígenas restantes”, concluiu Isamur. 

Para prevenir o câncer de fígado, deve-se evitar o desenvolvimento da cirrose hepática. Por esse motivo, é necessário não consumir com frequência bebidas alcoólicas, não recorrer a anabolizantes, prevenir o contágio pelo vírus da hepatite B e C através de práticas sexuais seguras e o não compartilhar agulhas. A hepatite B pode ser prevenida também por vacinação, mas não existe vacina para hepatite C. Além do mais, ter uma alimentação com alto teor de fibras, cereais, legumes e frutas, e baixo em gorduras saturadas, podendo assim, prevenir vários tipos de câncer e impossibilitando de ocorrer a metástase no fígado. (Texto de Viviane Nogueira (Ascom / HOL).