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DESAFIOS

Humanização no ambiente hospitalar fortalece vínculo entre pacientes e profissionais

Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna discute em seminário as mudanças implementadas para personalizar seus usuários

Por Marcelo Leite (COSANPA)
22/06/2021 20h40

“O paciente não é só o paciente. Ele é o amor de alguém”. A frase, enfatizada durante o I Seminário de Humanização, promovido nesta terça-feira (22) pela Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém, resume o conceito de tratamento humanizado, que inclui práticas e recursos voltados à ampliação do relacionamento entre profissionais e cidadãos no âmbito da saúde.Membros e apoiadores do Comitê de Humanização do Hospital de Clínicas debateram a importância do atendimento humanizado

Com o tema “A Política Nacional de Humanização: desafios e possibilidades”, o evento reuniu membros e apoiadores do Comitê de Humanização do Hospital, que funciona na instituição desde 2003 e atualmente conta com 52 integrantes, que se dedicam à promoção de ações que aprimorem o atendimento a usuários e servidores.

A partir do histórico de implantação da Política Nacional de Humanização (PNH), Guilherme Martins destacou a importância da prática humanizada nos hospitais, especialmente nas instituições públicas, e durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus. “Temos que pensar como levar a humanização para o nosso dia a dia no trabalho. O desafio é fazer funcionar a transversalidade e valorizar o protagonismo do sujeito, fazendo com que a gestão seja compartilhada, participativa”, ressaltou.

Representando a presidência da Fundação, Débora Jares citou a empatia como ponto fundamental no atendimento em saúde. “A rotina, muitas vezes, faz com que a gente se acostume com o ambiente hospitalar, mas o usuário precisa de um cuidado diferenciado, de um carinho por conta do seu estado fragilizado”, frisou a gestora.

Coordenadora do Comitê no HC, Enedina Campos destacou as ações mais recentes para exemplificar o trabalho do grupo e os resultados para os pacientes e a equipe, entre elas a implantação da Comissão de Cuidados Paliativos, e o avanço no projeto de ambiência com pintura temática em diferentes áreas do Hospital, além dos projetos futuros, como melhoria do atendimento no Serviço de Ambulatório, que vem registrando um aumento do número de pacientes atendidos nos últimos anos. 

Êxito - Um dos projetos com resultado positivo foi feito em conjunto com a equipe da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto, tendo como princípio a “personalização” do paciente como “o amor de alguém”. Para isso, as visitas familiares afetadas pela pandemia passaram por mudanças, visando à manutenção de acordo com protocolos de segurança. Os pacientes passaram a ser identificados não somente pelo nome, mas também por outras características, como origem, apelido e familiares mais próximos, e ainda pelas preferências.

A adoção do projeto, segundo a psicóloga Aline Rodrigues, resultou na melhoria da autoimagem dos pacientes, e fortaleceu o vínculo da equipe médica com pacientes e seus familiares. “Agora, integrantes da equipe da UTI dizem que não sabem mais ficar sem essa ligação com as pessoas atendidas”, disse a psicóloga, que comemorou ainda a expansão do projeto para outros setores do Hospital de Clínicas.