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LAVAGEM DE DINHEIRO

Operação investiga movimentação bancária de mais de R$ 5,5 milhões por jovem desempregada

Até o momento, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo três em residências e dois em sede de empresas na capital paraense.

Por Evaldo Júnior (PC) (PC)
26/05/2021 12h03

A Polícia Civil do Pará, por meio da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR), deflagrou a operação “Ariana”, na manhã desta quarta-feira (26). Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo três em residências e dois em sede de empresas, na capital paraense.

Todas as diligências realizadas foram conduzidas pela Divisão de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), que faz parte da DECOR e investiga altos valores monetários movimentados por uma estudante de 27 anos, que não tem renda declarada. De acordo com relatório do Conselho de controle de atividades financeiras (COAF), no período de janeiro de 2018 a janeiro de 2020, a movimentação bancária da investigada soma mais de R$ 5,5 milhões. A DRLD apurou que o dinheiro chegou a conta da estudante de duas formas: por meio da modalidade crédito, que totalizou R$ 2.999.940,00 e operações em débito, que somou R$ 2.544.649,00. 

As buscas começaram por volta de 6h e aconteceram nas residências dos investigados, bem como em empresas possivelmente ligadas ao suspeitos. Foram apreendidos aparelhos celulares, documentos e dispositivos de armazenamento. Todo o material será periciado e passa a compor o inquérito policial instaurado pela Polícia Civil. 

O levantamento feito pela Divisão de Repressão à lavagem de Dinheiro aponta que os valores são elevados para quem não apresenta qualquer fonte de renda que justifique tais valores, bem como a movimentação feita por meio de instituições bancárias. O relatório feito pela Divisão aponta, ainda, que a estudante não possuía empresa aberta em seu nome e não teve qualquer atividade empresarial no período analisado. Constatou-se também que o pai da investigada possuía procuração da mesma para realizar transações, mas o mesmo também não apresentou qualquer atividade remunerada de forma legal. 

Apesar dos valores movimentados, pai e filha se inscreveram no programa de assistência financeira “Auxílio emergencial”, que é destinado a pessoas de baixa renda e que foram impactadas pela pandemia de Covid-19. Ambos recebiam juntos o valor mensal R$ 1,2 mil.

Para o Delegado-Geral da Polícia Civil, Walter Resende, essa é mais uma ação da PC-PA que busca garantir a segurança dos paraenses em todas as vertentes. 

“A nossa Divisão Especializada neste tipo de crime recebeu está denúncia e diligenciou com perícia nas investigações e, hoje, concluímos essa etapa importante com êxito. Por aqui, nós combatemos todos os tipos de crime, do pequeno ao grande. Nosso papel é combater de forma contundente a criminalidade em todas as suas modalidades”, disse Resende.