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Sespa intensifica ações de combate à febre amarela em todo o estado

Por Redação - Agência PA (SECOM)
22/02/2017 00h00

A Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa) informou em entrevista coletiva, concedida na tarde da última quarta-feira (22), que um Plano de Contingência na região Oeste do Pará está em andamento após a confirmação de um registro de febre amarela em Rurópolis. O caso veio à tona depois que um macaco morreu em decorrência da doença do tipo silvestre na zona rural da cidade. A investigação foi iniciada por meio de uma ação conjunta entre a Diretoria de Vigilância em Saúde do Estado, o Centro Nacional de Primatas do Instituto Evandro Chagas (IEC) e as Secretarias de Saúde dos municípios de Rurópolis e Itaituba, onde também há relatos de ocorrências similares.

Casos de febre amarela não eram registrados no Estado desde 2015. Em 2016 não houve registros confirmados da doença no Pará. E este ano, até o momento, não há mortes a serem apuradas e tampouco pessoas internadas com sintomas da doença no Pará.

O Plano de Contingência posto em prática pela Sespa para combater a doença conta com a intensificação da vacinação nas zonas rurais e áreas de mata; verificação de possíveis casos envolvendo outros animais; levantamento do histórico e bloqueio vacinal dos moradores de áreas próximas e a busca ativa de casos humanos suspeitos de febre amarela; intensificação da vigilância de casos humanos de sintomalogia compatível com febre amarela; sensibilização dos profissionais para a importância da notificação imediata de qualquer evento suspeito; montagem de plataforma na copa das árvores para captura do mosquito e realização de visitas nas residências, entre outras medidas.

Segundo a secretária adjunta da Sespa, Luiza Guimarães, somente no ano passado, 71.195 pessoas foram vacinadas no Pará contra a doença. Em 2015, foram imunizadas 80.230 pessoas. “A febre amarela está sendo notificada em outros Estados, como Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. No Pará, nos últimos 10 anos, foram confirmados oito casos, mas a Sespa, juntamente com o Intituto Evandro Chagas, estão permanentemente em alerta para que ocorrências como esse não se proliferem”. Luiza Guimarães também destacou que a política implementada em parceria com o Instituto diminuiu os casos de malária nos últimos seis anos de 200 mil para 12 mil, além de ter atribuído ao Pará o melhor desempenho do Brasil no combate à dengue, em 2016, ao não registrar nenhum óbito causado pela doença.

“Pessoas que nunca tomaram a vacina, que é ministrada em grande escala, periodicamente pelo calendário vacinal, devem procurar os postos de saúde do seu município, principalmente se viajam para outros estados e países que estão notificando casos de febre amarela e antes de se deslocar para áreas de matas e zonas rurais. É importante que essa pessoa também tome o reforço da vacina 10 anos após a primeira dose. A Sespa está trabalhando nisso, mas é fundamental que a população se conscientize sobre a importância de tomar a vacina”, recomendou a diretora de vigilância em saúde da Sespa, Rosena Nobre.