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Segup promove palestra sobre violência contra a mulher no Jurunas

Por Redação - Agência PA (SECOM)
08/03/2017 00h00

Um grupo formado por cerca de 60 moradores do Bairro do Jurunas, em Belém, incluindo mães, adolescentes e crianças que integram o projeto social Davi, assistiu na noite de terça-feira (7) à palestra ministrada pela delegada Silvia Rêgo, diretora de Prevenção Social e da Violência e Criminalidade (Diprev), da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).

A delegada orientou crianças e jovens e chamou a atenção dos adultos para o problema da violência contra a mulher. Segundo dados da Segup, em 2016 foram registrados pelo Sistema Integrado de Segurança Pública 9.326 ocorrências, dos mais diversos crimes relacionados à violência doméstica, em conformidade à Lei Maria da Penha (11.340/2006).

“Aqui formamos multiplicadores. É uma mensagem que deve chegar às pessoas vítimas nas comunidades, e por elas mostramos como ocorre o trabalho da Segup, juntamente com o Pro Paz integrado, que já atende as filhas das vítimas”, informou Silvia Rêgo. “Chamamos a atenção aqui para situações que apontam os primeiros sinais de futuros agressores, a exemplo de namorados que limitam uso de roupa das namoradas e as afastam dos amigos, sob a justificativa de ‘cuidados”, acrescentou.

Atenta à palestra, a estudante Aycha Guerra, 14 anos, disse que levaria as informações às amigas da escola e próximas de sua residência. “Achei legal, pois sei de pessoas na minha família que já passaram por esse problema. É um ‘espelho’ pra mim, e não quero isso”, contou a adolescente.

Educação - O projeto social Davi foi criado em 2014, como extensão da Associação dos Vendedores da Orla, da qual fazem parte cerca de 300 moradores. Aproximadamente 170 famílias participam do projeto. “A parceria com a Segup é muito importante, porque trabalha a parte educativa, de prevenção, de forma direta, e numa linha de compreensão clara, em que a comunidade consegue entender e se apropriar da informação”, avalia Jesus Moraes, uma das coordenadoras do projeto.

Sobre os crimes contra mulheres ocorridos no Jurunas, Maria das Graças Marques, também coordenadora do projeto, disse que já presenciou “a violência de um casal, e a mulher acabou desenvolvendo transtornos psicológicos e parou de trabalhar. Ela era cozinheira. Sofreu com perfurações pelo corpo e até com golpes de martelo”.

Os números da Segup mostram ainda que, em 2016, foram registrados 56 boletins de ocorrência na delegacia de polícia do Jurunas, sendo a maioria, 44 casos, de violência doméstica. No ano de 2015 foram 51 crimes registrados na mesma unidade policial - um crescimento de 8,92%.