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Paciente recebe alta após cinco anos internada no Hospital Galileu, em Belém

Equipe multiprofissional do hospital planejou cuidados diários para garantir a reabilitação, não apenas na parte física, mas também social da paciente de 37 anos 

Por Bruna Brabo Secom (SECOM)
23/03/2021 12h17

Lidiane Leocadio, 37 anos, internada por cinco anos no Hospital Galileu, em Belém, recebe alta: "Só tenho a agradecer". “Só tenho a agradecer”, resumiu a paraense Lidiane Leocadio após receber alta depois de ficar internada por cinco anos e dois meses no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na rodovia Mário Covas, nº 2.672, no bairro do Una, em Belém. Há doze dias em casa, Lidiane segue recebendo todo cuidado e amor dos dois filhos.   

Secretário da Sespa, Rômulo Rodovalho, comemorou a alta hospitalar. "Estamos muito felizes com a alta dessa paciente e de termos conseguido atendê-la durante todos estes anos. Nossa prioridade é garantir saúde de qualidade para todos e o Hospital Galileu vem cumprindo seu papel", afirmou ele. 

A paciente, de 37 anos, foi internada após ser atingida por um disparo de arma de fogo que a deixou tetraplégica. Inicialmente foi levada para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Anaindeua, depois foi encaminhada para a unidade de retaguarda e referência, o HPEG. 

Equipe do hospital e família festejam a saída de Lidiane Leocadio Segundo os médicos, o caso era grave e precisava de cuidados intensivos. Lidiane recebeu assistência da equipe multiprofissional de saúde que realizou um planejamento de cuidados diários para garantir a reabilitação, não apenas na parte física, mas também social. 

“É importante destacar que o cuidado com pacientes de longa permanência é delicado e exige atenção redobrada para evitar infecções, feridas e outros tipos de complicações durante o período de internação. Além disso, o acompanhamento multiprofissional, com psicólogos e nutricionistas, é essencial”, ressaltou Wanessa Silva, coordenadora de enfermagem do HPEG. 

Após uma minuciosa avaliação clínica e social realizada pela equipe médica do HPEG, os profissionais constataram que a paciente teve uma evolução positiva e o quadro clínico era estável.

“Buscamos sempre oferecer um atendimento que considera as necessidades de cada paciente, a individualidade de cada um. Tenho certeza que nossas ações contribuíram para evolução positiva do quadro dela e a conquista da tão esperada volta para casa”, acrescentou Wanessa. 

Para acolher a mãe em casa, o filho de Lidiane, de 18 anos, precisou seguir orientações do Projeto Âncora, desenvolvido na unidade hospitalar que consiste em atividades de capacitação com familiares para a realização de cuidados básicos em casa como, por exemplo, troca de curativos, mudanças de posições na cama, horários de medicações e outras medidas necessárias para o bem estar e saúde do paciente. 

‘’Estamos todos muito felizes. Sabemos que será um desafio. Mas, com as orientações e apoio recebidos aqui no hospital, tenho certeza que iremos cuidar muito bem da nossa mãe”, contou Leandro Leocadio. 

Humanização - Para facilitar a adaptação de Lidiane à nova realidade e ao ambiente hospitalar, a unidade hospitalar buscou meios para estimular a paciente. Entre as iniciativas, está o desenvolvimento de um suporte de leitura, criado pelo setor de manutenção, que permite a utilização de um tablet ou livro, facilitando o acesso para a paciente, que perdeu os movimentos do corpo. 

“A partir de materiais reaproveitados, conseguimos construir esse suporte. Ele permite o posicionamento do item à frente do rosto, sem necessidade de ajuda de outra pessoa para segurá-lo, dando mais autonomia para a Lidiane”, explicou Gil Gonçalves, oficial de manutenção e responsável pela criação do objeto.

Com seu grande exemplo de vitória e superação, a alta foi festejada pela equipe de saúde que acompanhou de perto a emoção de familiares e amigos no tão esperado reencontro.