Hospital Regional do Marajó garante assistência contra as doenças raras
A unidade hospitalar de média e alta complexidade, tem boa atuação no enfrentamento da Síndrome de Guillain-Barré (SGB)
Hospital Regional do Marajó, em Breves, é um órgão do Governo do Estado, e garante assistência de média e alta complexidade Em janeiro deste ano, a professora Rosilene Paixão Rego Cardoso, 46 anos, residente na cidade de Anajás, no Marajó, foi abalada pela notícia que sua filha de 10 anos foi diagnosticada com a Síndrome de Guillain-Barré (SGB), é uma doença autoimune grave em que o próprio sistema imunológico passa a atacar as células nervosas, levando à inflamação nos nervos e, consequentemente, fraqueza e paralisia muscular, podendo ser fatal.
Diante da gravidade do quadro de saúde, a criança foi encaminhada, pelo sistema de regulação, para atendimento no Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), em Breves. A unidade hospitalar atua na assistência de média e alta complexidade, há mais de 10 anos, e assitiu à criança com todos os cuidados, assegurando o restabelecimento da saúde da menina, para a alegria da professora Rosilene Cardoso.
“Minha filha chegou aqui (Hospital Regional do Marajó) com uma doença que poucos conhecem, eu mesmo não conhecia. Desde quando chegamos na urgência fomos bem acolhidos, depois ela foi encaminhada para Unidade de Terapia Intensiva, onde ela foi intubada, ficou respirando por aparelhos durante vários dias. Mas graças a Deus, hoje, minha filha está de pé. Só tenho a agradecer a essa equipe maravilhosa que tem aqui nesse hospital’’.Professora Rosilene Cardoso, sobre o atendimento à filha de 10 anos: "Só tenho a agradecer à equipe maravilhos aqui nesse hospital’’De acordo com a médica pediatra do HRPM, Cecília Noura, a Síndrome de Guillain-Barré é uma desordem imune e inflamatória do sistema nervoso periférico. "Acontece após uma infecção viral (mais frequente) ou bacteriana, respiratória ou gastrointestinal. A doença pode ter uma apresentação grave, porém, de bom prognóstico".
"O que deve chamar atenção do médico é o comprometimento da força muscular, de caráter simétrico e ascendente (inicia nos membros inferiores). Sendo a maior preocupação o enfraquecimento dos músculos respiratórios, comprometendo a respiração e deglutição, o que pode exigir suporte respiratório’’, explicou a médica.
Cecília Noira explicou, ainda, que a SGB pode acometer qualquer faixa etária e sua incidência é de um a dois casos para cada 100 mil habitantes por ano. A profissional ressaltou que, durante o tratamento da menina, houve a necessidade de ventilação mecânica.
“Ela também fez uso da imunoglobulina, além de uma equipe de enfermagem e fisioterapia essencial na sua recuperação. Ver o seu progresso foi gratificante’’, destacou a médica ao informar que seu quadro evoluiu positivamente e a mesma teve alta clínica dia primeiro deste mês.
Sintomas da doença - O sintoma preponderante da síndrome de Guillain-Barré é a fraqueza muscular progressiva e ascendente, acompanhada ou não de parestesias (alterações da sensibilidade, como coceira, queimação, dormência, etc.), que se manifesta inicialmente nas pernas e pode provocar perdas motoras e paralisia flácida. Com a evolução da doença, a fraqueza pode atingir o tronco, braços, pescoço e afetar os músculos da face, da orofaringe, da respiração e da deglutição.
SERVIÇO
O HRPM é um órgão do governo do estado que presta assistência de média e alta complexidade aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Dispõe de atendimento ambulatorial de segunda a sexta-feira, das 7 às 17 h. O hospital está localizado na Avenida Rio Branco, 1.266, Centro. Mais informações: (91) 3783-2140/ 3783-2127.
*Por Lucas Brilhante (Ascom / HRPM).