Novos equipamentos do CPC vão acelerar perícia em 600 kg de entorpecentes
A apreensão da droga e a prisão de acusados ocorreu durante a Operação Guilhotina, na Região Metropolitana de Belém
O Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves" (CPCRC) deve entregar em até dez dias úteis o laudo definitivo da análise dos 600 quilos de drogas apreendidos durante a “Operação Guilhotina”, realizada pela Polícia Civil nos municípios de Belém e Benevides, na Região Metropolitana, nos dias 15 e 16 de fevereiro (segunda e terça-feira). O material será periciado no Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Os peritos já usarão os cinco novos aparelhos de Espectroscopia em Infravermelho com Transformada em Fourier (FTIR, sigla em inglês), entregues ao órgão pelo governador Helder Barbalho na semana passada.O investimento em tecnologia aprimora as análises e acelera o trabalho pericial
Durante a tarde desta terça-feira (16), o Denarc realizou a perícia de constatação na sede do Departamento, análise que confirma o flagrante policial. As substâncias foram pesadas e passaram pelos exames de identificação. "Em um segundo momento, a legislação exige o exame definitivo, já com as amostras realizadas no próprio CPC", explicou o diretor de Inteligência do Centro de Perícias, Mário Francisco Guzzo. Com o uso dos FTIR, a expectativa é de que o laudo final seja concluído antes do prazo legal, já que o maquinário dá mais celeridade ao trabalho pericial.
A droga será periciada com aparelhos de Espectroscopia em Infravermelho com Transformada em FourierOs equipamentos foram adquiridos com recursos de emenda parlamentar do senador Jader Barbalho, no valor de R$ 1 milhão, destinado ao CPCRC. Os novos aparelhos permitem descentralizam o serviço realizado na sede do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Belém, e equipar as unidades de Altamira (na região do Xingu), Castanhal (RMB), Marabá (Sudeste) e Santarém (Oeste).
Prisão e apreensão - Cinco pessoas foram presas durante a operação conjunta das polícias Civil do Pará e Ceará. A ação teve como principal objetivo cumprir mandados de prisão de líderes de uma facção que comandava crimes no Ceará e desarticular a rota do tráfico no Pará.Os 600 kg de drogas apreendidos durante a “Operação Guilhotina” serão periciados
Após a captura dos acusados, no bairro do Umarizal, na capital paraense, a equipe se dirigiu a um sítio no município de Benevides, onde mais três membros do grupo foram autuados em flagrante e apreendidos aproximadamente 600 kg de entorpecentes. Em 19 sacos estavam divididas pedras de oxi e cocaína, avaliados em R$ 9 milhões.O laudo definitivo deve ser concluído pelo CPC em até dez dias úteis
Os cinco presos vão responder pelo crime de tráfico de drogas e associação criminosa. Dois indiciados, que atuavam como liderança de facção, serão recambiados ao Estado do Ceará, e três autuados pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) ficarão à disposição da Justiça paraense.