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Mamografia é fundamental para a detecção precoce do câncer de mama, reforça Sespa

Secretaria aproveita o Dia Nacional da Mamografia, comemorado nesta sexta (5), para alertar sobre a importância do exame disponível no SUS

Por Roberta Vilanova (SESPA)
05/02/2021 11h00

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) aproveita o Dia Nacional da Mamografia, comemorado nesta sexta-feira (5), para falar sobre o exame que é fundamental para a detecção precoce do câncer de mama e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a coordenadora estadual de Atenção Oncológica, Patrícia Martins, a mamografia de rastreamento é destinada a mulheres sem sinais e sintomas, prioritariamente na faixa etária de 50 a 69 anos e poderá, inclusive, ser solicitada pela enfermeira da Estratégia Saúde da Família (ESF) na Rede Básica de Saúde. No entanto, para as demais faixas etárias do sexo feminino e masculino, que apresentem sinais e sintomas, a solicitação deve ser feita pelo médico.

Patrícia Martins ressaltou que o governo do Estado, por meio da Sespa, tem trabalhado para ampliar a quantidade e a qualidade dos serviços de diagnóstico mamário nas 13 Regiões de Saúde, ofertando a mamografia, consultas com mastologistas e biopsias mamárias. “Estamos melhorando o acesso das mulheres paraenses à mamografia para detectar precocemente a doença e reduzir a mortalidade por câncer de mama no Pará”, disse.

Assim, em 2019, foram realizadas 50.456 mamografias, das quais 30.550 na faixa etária de 50 a 69 anos e 42.600 de janeiro a novembro de 2020, das quais 25.235 em mulheres de 50 a 69 anos.

Patrícia Martins, coordenadora estadual de Atenção OncológicaSegundo a médica mastologista do Hospital Ophir Loyola (HOL), Franciane Rocha, a mamografia é muito importante porque ainda é a melhor forma de detectar o câncer de mama antes que ele se torne clinicamente palpável. “A mamografia é a principal ferramenta de detecção precoce, quando uma mulher sem sintomas, pode ser rastreada, tratada e curada”, afirmou.

Outra finalidade – Franciane Rocha informou, ainda, que a mamografia de rastreamento também é indicada para as mulheres de 35 anos que tenham antecedentes familiares de primeiro grau (mãe) com câncer de mama. “Essas mulheres devem fazer uma mamografia de rastreio aos 35 anos e depois só irão repetir com uma idade mais avançada em que as mamas já terão uma substituição gordurosa, mas o exame clínico da mama pode se procurado por qualquer paciente que tenha outros antecedentes como prima, tia, avó com câncer de mama e que mereçam rastreio, principalmente a partir dos 30 anos”, detalhou a médica.

Em relação à periodicidade do exame, a especialista disse que depende sempre do resultado BIRADS (Breast Imaging Reporting and Data System), que é uma sistematização internacional para a avaliação mamária, interpretação do exame e confecção dos laudos de exames de imagem especificamente da mama. “Então, conforme o resultado, a repetição da mamografia poderá ser anual, semestral ou ter indicação de biópsia”, explicou a mastologista.

No que tange às pacientes que já foram diagnosticadas com câncer de mama, elas devem continuar o seu rastreio de detecção precoce da outra mama que não foi afetada pela doença, conforme os resultados das mamografias, das ultrassonografias e dos exames clínicos.

Franciane Rocha informou, por fim, que a ultrassonografia mamária ou a ressonância magnética mamária também podem ser indicadas como complemento da mamografia, para as mulheres mais jovens que têm as mamas mais densas.

Alerta para outras mulheres

Belém Athayde, administradora aposentada, está às vésperas de ter alta após cinco anos de tratamentoA administradora aposentada Belém Athayde, de 67 anos, está às vésperas de ter alta após cinco anos de tratamento de câncer de mama. Ela sentiu algo estranho nas mamas no final de 2015, comentou com seu filho, na época acadêmico de Medicina, e logo marcou consulta com o mastologista. Fez mamografia, pulsão e biópsia, e teve o diagnóstico de câncer de mama.

Ainda em 2015, submeteu-se a uma cirurgia de mastectomia total das duas mamas e em 2016 iniciou o tratamento na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Passou por quatro sessões de quimioterapia e começou a usar o medicamento Anastrozol, indicado para o tratamento de câncer em mulheres pós-menopáusicas.

“Nunca tive problema para realização de exames e nem com falta de medicamento no Barros, ao contrário, sou muito grata ao Barros Barreto, por que os profissionais me trataram sempre com respeito e humanidade, eles são humanizados lá”, comentou a paciente.

Belém Athayde já parou de tomar o medicamento e feliz com o sucesso do seu tratamento pelo SUS, deixa uma mensagem para todas as mulheres: “Vamos nos amar mais e fazer a mamografia a cada ano. Não importa se não tem tempo como foi meu caso, arranje porque depois os danos podem ser maiores. A prevenção é tudo e o tratamento precoce tem cura. Se existe um corpo estranho mesmo sendo benigno, acompanhe, cuide, porque pode virar maligno como foi o meu caso”, diz.

Serviço: 

Para ter acesso à mamografia, as mulheres precisam ir, primeiramente, a uma unidade básica de saúde para consulta médica com ginecologista e de lá, conforme necessidade serão encaminhadas para fazer a mamografia ou direcionadas a serviços especializados.