CRF utiliza o cinema como ferramenta à reinserção social das internas
Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, retoma o “Projetar o Futuro”, iniciativa da Diretoria de Reinserção Social, da Seap
Em 29 de janeiro, 16 internas do Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, assistiram ao filme “Preciosa”A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária retomou neste mês de janeiro de 2021, no Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, o “Projetar o Futuro”. A iniciativa é desenvolvida pela Diretoria de Reinserção Social, da Seap, com o intuito de promover reflexões sobre comportamentos junto às pessoas privadas de liberdade. Em 29 de janeiro, 16 internas do CRF assistiram ao filme “Preciosa”.
De acordo com a Seap, desde o dia 15 de janeiro deste ano, sempre nas sextas-feiras há exibições, no CRF, do "Projetar o Futuro". Esse momento se volta para a promoção de uma visão crítica entre as internas, que participam, ainda, de uma roda de debate sobre o filme exibido.
“A retomada do Projetar o Futuro tem importância significativa e alcança resultados positivos diretamente ligados ao comportamento das presas", afirmou a diretora do CRF, Erica Sousa.
A diretora do Centro acrescentou que "as custodiadas aguardam com expectativa o dia do projeto e nesse momento elas têm a oportunidade de assistir um bom filme, refletir, projetar e elaborar uma redação construtiva sobre o tema abordado”.
Pedagoga do CRF, Natali Benassuly afirmou que o projeto foi iniciado no primeiro semestre de 2020, mas teve uma pausa por causa da pandemia da Covid-19. A ação acontecia todas as sextas-feiras com um cronograma mensal de filmes a serem exibidos. "Felizmente, este ano o projeto terá continuidade", disse a pedagoga.
Ainda de acordo com Natali Venassuly, a iniciativa busca promover, também, o sentimento de pertencimento à sociedade entre as internas, e “que minimizem a situação delas de cárcere”. Ela explicou ainda que, por meio da mediação de profissionais da área de Reinserção Social da casa penal, o projeto possibilita a criação de debates sobre as temáticas dos filmes e questões como empoderamento, visão de futuro etc.
“Ajuda também a mudar nosso estímulo, mudar nosso jeito e nos ressocializar. Está muito legal. Uma coisa muito boa que a casa penal trouxe”, afirmou a interna, Bárbara Miranda.
O diretor de Reinserção Social da Seap, Belchior Machado, observou que "a maior expectativa do projeto é de que as mulheres (internas) consigam resgatar os valores que sustentam a existência de qualquer ser humano. Para isso, utilizando o cinema, em todas suas leituras, nosso objetivo é fomentar reflexões acerca dos mais diversos temas, o que também contribui para o aperfeiçoamento das habilidades cognitivas delas”, disse.