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Seap promove ações do Janeiro Branco nas 49 Unidades Prisionais do Pará

Iniciativa da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) é desenvolvida pelas equipes de Biopsicossocial por meio de técnicas e reflexões

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
27/01/2021 11h59

Equipe Biopsicossocial da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) em ação na programação Janeiro Branco A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) adere à campanha nacional Janeiro Branco que busca chamar a atenção para o tema da saúde mental na vida das pessoas. A ação da Seap é desenvolvida pelas equipes de Biopsicossocial nas 49 Unidades Prisionais (UP’s) do Pará, para acompanhar as principais dificuldades e, por meio de palestras e técnicas, contribuir para a melhoria da saúde mental dos internos.

O mês de janeiro foi escolhido pela campanha nacional porque entende-se que é neste mês que as pessoas estão mais focadas em resoluções e metas para o início de um novo ano.

No Presídio Estadual Metropolitano II (PEM II), no município de Santa Izabel, Região Metropolitana de Belém, a programação se iniciou na semana passada e foi encerrada em 20 deste mês. Um total de 24 internos participaram e puderam entender um pouco mais sobre como lidar com problemas psicológicos.

"A ação me surpreendeu pela simplicidade e pela profundidade que buscou. Não por palavras ou letras, mas por imagens mentais”, disse o interno Francisco Cerdeiro, participante das palestras. Ele acrescentou que conheceu sobre a prática de meditação, da oração silenciosa e da revisão dos feitos errados cometidos, e entendeu que caminhos diferentes podem ser traçados no presente. "É possível termos saúde mental (dentro do sistema penal). Depende muito da maneira que nós nos direcionamos a pensar. Pensamentos positivos geram coisas positivas”, afirmou o dentento.

Segundo Érica Fabrícia, assistente social do PEM II, a programação não teve apenas o objetivo de prestigiar o Janeiro Branco, mas aprofundar o tema sobre a saúde mental. “Quando eles entendem o que é ansiedade, o que é depressão, quais os malefícios que o uso abusivo do álcool e outras substâncias trouxeram para a vida deles, eles conseguem refletir sobre isso”, destacou.

A assistente social afirmou que o tempo de pena dentro das casas penais também pode desgastar o psicológico das pessoas privadas de liberdade, por isso, ações de reflexão sobre a saúde mental são importantes, por buscarem minimizar os sintomas de cansaço mental.

Para a psicóloga da unidade, Mônica Abreu, a questão da saúde mental deve ser abordada de forma constante nas ações realizadas, pois que o ambiente carcerário, as questões judiciárias, e a falta de visita familiar, podem desencadear comportamentos que interferem de forma negativa na vida dos internos.

“A psicologia traz algumas ferramentas para a pessoa aliviar a ansiedade. Prestar atenção na qualidade dos pensamentos é crucial. O que a gente pensa, a gente reproduz. Então é muito importante cuidar da qualidade dos nossos pensamentos”, enfatizou a psicóloga Mônica Abreu.

A programação do Janeiro Branco contou com técnicas de respiração, yoga, exibição de filmes e vídeos e roda de conversa entre os custodiados. De acordo com o diretor de Assistência Biopsicossocial (DAB) da Seap, Leone Rocha, a ideia de levar o Janeiro Branco para as casas penais é uma forma de aperfeiçoar o atendimento à saúde psicológica das pessoas privadas de liberdade, para que se sintam acolhidas e importantes.

“A questão da saúde mental deve ser vista como questão de saúde preventiva. E que possamos cuidar juntos dos egressos das unidades”, destacou o diretor de Assistência Biopsicossocial (DAB) da Seap, Leone Rocha.