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Parceria com a Emater deve duplicar a produção de castanha do Pará

Plano de inovação é realizado com a Embrapa e a Fundação Jari, e está em andamento desde o início desde mês

Por Etiene Andrade (EMATER)
10/12/2020 11h10

Ações abrangem desde a produção, distribuição e beneficiamento, até a comercialização do produto ao consumidor finalUm plano de inovação da cadeia de suprimento de castanha está em andamento desde o início de dezembro, como parte de ação realizada em parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), Embrapa e Fundação Jari. O objetivo é estruturar um processo de inovações tecnológicas e estratégias de mercado para a Castanha do Pará (também conhecida como Castanha do Brasil), um dos principais produtos florestais não madeireiros de exportação brasileiros. O plano abrange desde a produção, distribuição e beneficiamento, até a comercialização do produto ao consumidor final.

Resultados mais expressivos poderão ser colhidos em duas décadas, mas em menos de 10 anos já será possível ver os frutosUma das etapas que já está sendo planejada é a plantação, nos próximos três anos, de 2 mil hectares de castanheiras em cinco município da região do Baixo Amazonas (Alenquer, Óbidos, Oriximiná e Santarém) e na região conhecida como Vale do Rio Jari, que abrange o município paraense de Almeirim e os amapaenses de Laranjal do Jari, Mazagão e Vitória do Jari.

Para o supervisor da área de prospecção de impactos da Embrapa Amapá, Walter Paixão, os resultados mais expressivos poderão ser colhidos em duas décadas, mas em menos de 10 anos já será possível ver os frutos.

“A castanha é o principal produto florestal não madeireiro para essa região. Em 2019, foram produzidas 5 mil toneladas, o que, em valores, gira em torna de 30 milhões de reais provenientes da comercialização do produto in natura. Como a castanheira é um cultivo de logo período de maturidade, acreditamos que com 8 a 9 anos essas castanheiras plantadas comecem a produzir e, em 20 anos, esperamos dobrar a produção de castanha nessa região, que é umas das principais do país”, explica Walter.

Segundo Elinaldo Silva, coordenador do Escritório Local da Emater em Almeirim, a parceria para o Plano de Inovação da Cadeia de Suprimento está voltada para o desenvolvimento e implantação de tecnologias e reúne um conjunto de esforços com a extensão rural, pesquisa e iniciativa privada entre três instituições que já tem um histórico de parcerias.

“A Emater tem parceria com a Fundação Jarí, a qual já trabalhamos juntos vários anos, e a Embrapa, com o qual temos um termo de cooperação técnica formalizado”, explica Elinaldo, que detalha como é o trabalho da Emater na região.

“A Emater vem trabalhando com a castanha há mais de 25 anos e sempre em parceria com a Fundação Jarí, e agora recente com a Embrapa, a qual atua na nossa região, e hoje temos ações em conjunto voltada para castanha. Somo pioneiros em levar políticas públicas, incentivos ao créditos rurais e organização das associações para os extrativistas da região. Nosso papel neste processo de expansão da cultura da castanha é decisivo para buscarmos a nossa meta que é de plantar 500 hectares de castanha” - Elinaldo Silva, coordenador do Escritório Local da Emater em Almeirim.

A expectativa é que o Plano de Inovação da Cadeia de Suprimento de Castanha para o Vale do Jarí e Baixo Amazonas seja colocado em prática a partir de janeiro de 2021.