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Hábitos saudáveis e consultas odontológicas são aliados na prevenção do câncer de boca

Ophir Loyola orienta sobre cuidados regulares e necessidade de diagnóstico precoce para o aumento considerável das chances de cura

Por Leila Cruz (HOL)
07/11/2020 13h57

A importância da saúde oral ganha destaque com a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, prevista na Lei 13.230, e com programação já garantida no calendário do hospital Ophir Loyola, que reforça a importância dos cuidados preventivos e do diagnóstico precoce para o aumento considerável das chances de cura. A cada ano, mais de 15 mil novos casos de câncer de boca são registrados no País, sendo 11.180 em homens e 4.010 em mulheres.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025 a prevenção pode ajudar a reduzir a incidência de câncer em 25%A doença é mais previsível em homens, pois estão mais ligados aos hábitos que predispõem ao câncer de boca, como alcoolismo, tabagismo e má higiene bucal, além da exposição à radiação solar e aos agentes oncogênicos, como vírus HPV,  produtos químicos e/ou pesticidas. A faixa etária mais atingida é entre 50 a 70 anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025 a prevenção pode ajudar a reduzir a incidência de câncer em 25%, por meio de recomendações de hábitos saudáveis.

A cirurgiã-dentista do hospital Ophir Loyola, referência em Oncologia, Gyselle Oliveira, alerta a população sobre os sintomas da doença. “Precisamos estar atentos ao surgimento de feridas não dolorosas na boca e que não cicatrizam em até 15 dias''.

"Além disso, a realização do autoexame da boca deve ser feito regularmente, observando em frente ao espelho o aspecto da gengiva, bochecha, palato (céu da boca), língua e região embaixo da língua. Na presença de qualquer alteração, deve-se procurar um cirurgião-dentista para o correto diagnóstico. As consultas devem regulares”, explica Gyselle Oliveira.

Os sinais e sintomas podem ser diversos, manchas que podem se manifestar com placas vermelhas ou esbranquiçadas na cavidade oral, nódulos no pescoço, rouquidão persistente, dificuldade para falar, mastigar e engolir, ferida ou sensação de ter algo preso na garganta, dormência da língua ou dificuldade de movimentá-la, enfraquecimento dos dentes ou ao redor dos mesmos, perda de peso e mau hálito constante. 

TRATAMENTO

A respeito do tratamento do câncer bucal, a cirurgiã-dentista explica que é guiado pelo estadiamento clínico da doença. Ela informa que as terapias de escolha consistem usualmente na excisão cirúrgica (com margem de segurança) e na radioterapia, sendo as mesmas utilizadas de forma isolada ou combinada.

“A indicação da quimioterapia para esse tipo de lesão costuma ser uma escolha paliativa, não objetiva a cura do paciente. Ela fica restrita a lesões extensas ou a casos em que o paciente não apresenta condições físicas para ser submetido a outro procedimento terapêutico”, observa Gyselle Oliveira.

Na rede pública de saúde, os usuários do SUS são avaliados nas Unidades Básicas de Saúde (também conhecidas como Postos de Saúde). Após esse atendimento, em casos suspeitos, são encaminhados para realização de biópsia. Caso seja confirmado o câncer, o tratamento é realizado nos hospitais de referência oncológica, como o hospital Ophir Loyola que possui equipe multiprofissional para o tratamento e reabilitação dos pacientes, que varia conforme a complexidade do caso.