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Agentes penitenciários do Pará concluem curso para ação em âmbito nacional

A qualificação em 'Ações Penitenciárias' foi realizada em parceria pela Seap e Depen

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
09/07/2020 20h51

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio da Escola de Administração Penitenciária do Estado, e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), via Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (Ftip), realizaram o I Curso de Ações Penitenciárias para agentes do sistema prisional paraense. A formatura foi realizada nesta quinta-feira (09).

O objetivo do curso foi padronizar ações operacionais, preparando servidores para os diversos cenários que poderão encontrar nas penitenciárias. O curso também é pré-requisito para que os profissionais façam parte da Ftip em outros estados.

Além da participação na Força do Depen, os agentes estão habilitados para o Grupo de Atuação Operacional Penitenciaria Especial, de acordo com a Lei nº 8.937, de 2 de dezembro de 2019. "A partir de hoje são todos irmãos, lembrem disso, e o que precisar com cada um dos professores vocês vão poder contar, e vamos combater essa luta que é vencível", ressaltou Leandro Silva, coordenador da Ftip no Pará, que acompanhou o curso e compartilhou as técnicas com os alunos. 

Para cumprir a missão de agir conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP), os agentes tiveram treinamento de condicionamento físico e disposição mental para execução das técnicas transmitidas para uma execução penal eficiente, eficaz e garantidora de direitos.

Investimento - Segundo o diretor da Escola de Administração Penitenciária, João Arroyo, a iniciativa de capacitação dos agentes é um grande investimento para a melhoria do sistema prisional. "É preciso reconhecer esse feito e todos os recursos necessários para chegar até aqui. Estamos só começando, e isso nos dá um horizonte de otimizar a ação do sistema prisional do Pará", afirmou o diretor.

No curso, com duração de 220 horas/aula, foram ministradas técnicas de armamento e tiro, defesa pessoal, intervenção em ambiente prisional e tecnologias menos letais. Além disso, a qualificação incluiu disciplinas que exigiram postura profissional ética, resistência, adaptabilidade, tolerância à frustração, equilíbrio emocional, proatividade, empatia, disciplina consciente, espírito de corpo, responsabilidade e competência técnica nas ações de segurança.

De acordo com o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Jarbas Vasconcelos, os agentes penitenciários estão capacitação para realizar missões no âmbito nacional. "O Pará pode contribuir com o Brasil e oferecer 15 guerreiros de intervenção prisional, e isso é muito significativo para nós. É o que me faz estar aqui prestigiando este momento de celebração e agradecimento. Antes, o sistema prisional era sem controle e o crime dominava. Se estamos aqui, hoje, é porque mudamos essa realidade", assegurou.