Sespa reúne diretores de hospitais em debate de gestão e planejamento
Gestores de hospitais públicos e conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e diretores de Centros Regionais de Saúde estiveram reunidos, durante dois dias, para debater o processo de implantação do Plano Diretor Hospitalar do Pará, que vem sendo feito desde 2016 por meio de metodologia disponibilizada e aplicada por técnicos do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital do Coração (HCor), a partir do protocolo do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS).
O 4º Laboratório de Inovação em Planejamento, Gestão, Avaliação e Regulação de Políticas, Sistemas, Redes e Serviços de Saúde é organizado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e aconteceu no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna.
Os participantes estão sendo capacitados para a aplicação de um censo nas unidades de saúde do Estado, da capital e do interior, incluindo as do serviço privado que mantêm convênio com o SUS, bem como na aplicação do pré-teste de instrumento. “O censo será realizado em duas etapas: a primeira feita através de questionários que serão respondidos pelos gestores, e a segunda, feita in loco, pela equipe do Ligress”, informou o coordenador do Ligress do HCor/SP, Armando de Negri Filho.
“O intuito é montar um banco de dados atualizado, no qual estejam condensadas informações como número de unidades hospitalares existentes, leitos, serviços, entre outros”, complementou.
De acordo com informações do HCor, trata-se de um processo gradativo iniciado em 2011, quando foi realizado diagnóstico geral dos serviços hospitalares em todo o país com foco no número de leitos, tipologia de oferta versus necessidades sociais em saúde, perfis da estatística hospitalar, qualidade, segurança do paciente e regulação interna e externa. De forma simultânea, esse rol de discussões já vem sendo realizado nos estados do Amazonas e Espírito Santo.
“O trabalho no laboratório tem sido feito em cima de oito objetos específicos, que passam pelas reais necessidades da população residente na área; pelos serviços essenciais, como centros de reabilitação, ambulatórios com especialidades e fluxos, além da readequação de políticas públicas que visem reduzir segmentos da saúde pública que são impactados pela violência, seja por meio do crime e de acidentes”, explicou Armando.
Prevista para ser concluída ao longo de 2017, essa ação gradativa contará com suporte técnico já oferecido pelo HCor, que vai trazer, também em próximas oficinas, experiência de outros países, onde estão sendo implantados sistemas semelhantes que já superaram entraves que resultaram em respostas que a região precisava.
*Com informações de Mozart Lira – Ascom Sespa