Municípios do interior recebem do Estado remédios para tratamento da Covid-19
O governo do Estado comprou 130.727 mil cápsulas de azitromicina, 90.858 mil de hidroxicloroquina e 114.025 mil de cloroquina, que já estão sendo distribuídas aos municípios do interior do Estado para a possibilidade de uso por pessoas com sintomas ou diagnóstico confirmado de Covid-19. Os remédios fazem parte do protocolo terapêutico do Ministério da Saúde para a doença e só podem ser prescritos por médicos. Esses profissionais são obrigados a informar cada paciente, a quem cabe a decisão final do uso ou não, sobre os riscos e efeitos colaterais. A eficácia deste tratamento ainda não é cientificamente comprovada.
Segundo o governador Helder Barbalho, que anunciou a ação no início da noite desta quinta-feira (21), em vídeo postado nas redes sociais, a prioridade de envio, neste primeiro momento, são os 30 municípios apontados pelo monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) que apresentam cenário de subida do número de infectados: Altamira, Ananindeua, Bragança, Breves, Castanhal, Cametá, Capanema, Paragominas, Parauapebas, Portel, Porto de Moz, Santo Antônio do Tauá, São Miguel do Guamá, Tailândia, Santa Maria do Pará, Santarém, Muaná, Melgaço, Anajás, Chaves, Soure, Cachoeira do Arari, Cachoeira do Piriá, Salvaterra, Bagre, Ponta de Pedras, Gurupá, Curralinho, São João da Boa Vista e Afuá.
"Definimos essa prioridade enquanto novos medicamentos chegam para garantirmos a distribuição aos 144 municípios. Esses medicamentos também devem ser comprados pelas prefeituras e secretarias municipais de saúde, todos receberam recursos para isso. Mas não é hora de a gente ficar vendo de quem é a responsabilidade. A hora é de salvar vidas, de estarmos todos unidos", reforçou o governador. A compra foi feita com recursos do Tesouro Estadual.
A Sespa já havia garantido esses mesmos medicamentos para a rede hospitalar da capital e região metropolitana desde o início da pandemia - 404 mil comprimidos de azitromicina, 286 mil de hidroxicloroquina e 126 mil de cloroquina, usados, inclusive, nos atendimentos na Policlínica Metropolitana e no Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS), que está funcionando como porta aberta para emergências relacionadas ao novo coronavírus.
Helder Barbalho reiterou que o ato corresponde ao cumprimento do papel de gestor público, de garantir possibilidade de tratamento àqueles que receberem a recomendação médica e concordarem com a terapêutica depois de informados sobre as possíveis consequências para a saúde.
"Tem tido muita polêmica sobre medicamentos que devem ser usados ou não. Não cabe a mim, como governador do Estado, dizer o que o paciente de coronavírus ou de qualquer outra enfermidade deve tomar ou deixar de tomar. Essa é uma decisão absolutamente técnica, científica, e do profissional de saúde, no caso o médico, que deve receitar, e claro, entender se o paciente está com o perfil para o consumo e em que ambiente deve consumir. Cabe, sim, ao governo do Estado, garantir a oferta dos medicamentos, e é isso que estamos fazendo".