Teleatendimento da Uepa passa a contar com novos horários e mais profissionais
A partir desta segunda-feira (18), o serviço de atendimento médico por telefone, ofertado pelo Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), passa a contar com novos horários e mais médicos, para atender pessoas com suspeitas de infecção pelo novo coronavírus.
A mudança no esquema do serviço se deu em razão da alta procura. Somente no primeiro dia do serviço, que ocorreu em 11 de maio foram registradas 150 ligações, de diversos municípios paraenses, entre eles, Canaã dos Carajás, Maracanã e Portel. Ainda na primeira semana eram apenas três médicos para atender em três turnos de 4h, de 8h às 20h.
Agora, aqueles que buscam orientações médicas relacionadas a Covid-19 devem ligar de segunda a sábado (18 a 23/5), a partir das 8h30. Pela manhã, o serviço se encerra às 12h30. À tarde, será retomado às 14h e seguirá até às 20h, com troca de profissionais a cada duas horas. No domingo (24), o teleatendimento será somente das 14h às 20h.
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“Nossa meta são 60 participantes médicos e nós já temos 48. Da semana passada, que eram 15, para hoje, já foi uma boa ascensão. Tanto é que na semana passada, a escala era de 4h e era um só médico. Agora serão 2h de atendimento e dois profissionais disponíveis ao mesmo tempo, visto que aquele horário era inviável para os médicos”, explica a coordenadora da ação “Teleatendimentos/Covid/Médicos/CCBS/Uepa” e diretora do CCBS, Vera Palácios.
A professora reforça que o serviço consiste em dar orientações e aconselhamentos de atenção primária, sem prescrição de receitas. O objetivo é evitar idas desnecessárias às unidades de saúde. Em casos graves, o paciente deve se dirigir às Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou hospitais.
Balanço – A primeira semana da ação, que se encerrou às 20h deste domingo (17), registrou centenas de atendimentos diários. A maior parte deles foi de pessoas de fora da capital e que não estão ligadas diretamente à Uepa, o que reflete a adesão da população do Estado ao serviço. Essas pessoas relataram sintomas leves, ou que já foram acometidas pela Covid-19, ou estavam apenas em busca de informações.
“O primeiro dia foi de muitas ligações. Foi bombástica a receptividade da população. Agora, está começando a estabilizar. Acredito que a partir desta segunda feira a gente vá conseguir atender mais gente, porque vai ser a cada 2h e com dois médicos. Temos a meta de aumentar o número de profissionais e com isso a gente pretende depois manter”, reforça Vera Palácios.
A médica acredita que mesmo sendo por telefone, a ação consegue ser efetiva. “Fazemos atenção primária à saúde, através da teleconsultoria médica, onde orientações básicas, porém importantes, são informadas para os que nos procuram. Sabemos das limitações de atendimento médico por telefone, mas também sabemos que um profissional capacitado, mesmo do outro lado da linha, é capaz de ajudar com orientações precisas, pois é dotado de conteúdos informacionais técnicos e, certamente, saberá conduzir e assim contribuir socialmente, que também é missão de uma universidade. Orientamos as pessoas para um hospital ou UPA, quando necessário. Seguimos diariamente de 8h30 às 20h, nos telefones publicados no site”, frisa.
A ação é uma iniciativa do CCBS, com apoio da gestão superior da Instituição. Uma rede de colaboração foi formada por diversos setores e servidores da Universidade. O trabalho voluntário, solidário e humanista é feito por médicos da Uepa, sejam eles docentes, aposentados, residentes ou ex-docentes e até mesmo, ex-alunos. Além disso, a ação conta com o apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), que emprestou aparelhos celulares, e de empresas privadas, que doaram telefones utilizados durante o atendimento.
A utilização deste modelo de teleatendimento médico é estimulada pela Portaria Nº 467, do Ministério da Saúde, que regulamenta atendimentos médicos à distância, porém a liberação da telemedicina será válida apenas durante a pandemia do coronavírus.