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Servidores do HC se unem para fabricar máscaras de proteção

O material confeccionado é doado aos pacientes que recebem alta e seus acompanhantes

Por Melina Marcelino (HC)
13/04/2020 15h55

O Ministério da Saúde vem incentivando a população a confeccionar máscaras caseiras para proteção contra o novo coronavírus, como forma de baratear custos e gerar renda nesse período de quarentena.  Na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), os servidores da Clínica Pediátrica se organizaram e criaram uma linha de produção própria para doar aos pacientes que recebem alta e seus acompanhantes. 

A ideia partiu do princípio de que os pacientes da pediatria são cardiopatas e fazem parte do grupo de risco de contaminação do novo coronavírus. “Estávamos pensando em um meio de ajudar essas pessoas no pós internação, pois muitas não têm condições de adquirir esses acessórios para se proteger lá fora. então tivemos essa ideia de confeccionar as máscaras e doar para que, tanto o paciente quanto seus familiares possam ficar seguros. Com isso, também queremos incentivar essa cultura da proteção” ressalta Natália Ribeiro, assistente social.

Segundo Socorro Almeida, auxiliar em reabilitação, a ideia partiu da equipe toda. "Cada uma contribuiu de um jeito: uma trouxe o pano, outra trouxe a máquina, e agora estamos organizadas confeccionando as máscaras”.

É fato que já existe uma carência de máscaras no Brasil e no mundo, por conta da alta demanda provocada pela pandemia de covid-19. Agora é diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde que todas as pessoas usem máscaras, mesmo caseiras, para auxiliar no controle da disseminação do vírus. "Por esse motivo, a que a equipe da pediatria decidiu colaborar de alguma forma",  explica a psicóloga, Selma Souza.

“Cada uma faz um pouco, eu não entendo de costura, mas ajudo a tirar os moldes e cortar. A Regiane, a Karen e a Socorro ficam com o trabalho de costura, pois disso elas entendem melhor. Vamos fazer a quantidade que der o material”, promete a psicóloga. 

A dona de casa Ana Rosa Furtado é mãe de Thiago, de 8 anos, que está internado no HC há três meses. Ele tem problemas cardiológicos e já fez três procedimentos cirúrgicos. Agora aguarda alta médica. A expectativa pela liberação foi marcada pela alegria de poder voltar para casa, mas, também pela preocupação de como seria o retorno para casa, já que a criança faz parte do grupo de risco.

 “A doação de máscaras é uma boa ideia, inicialmente eu só via os profissionais de máscara, mas agora nós, acompanhantes, e também os pacientes estão usando. Essa é uma ótima solução para proteger crianças como meu filho, que são do grupo de risco”, enfatiza Ana Rosa.

A preocupação da equipe da pediatria também é voltada para os profissionais do hospital, para a pedagoga Karen Xavier, as máscaras cirúrgicas precisam ser usadas com racionalidade para não afetar a segurança dos profissionais que estão na linha de frente no atendimento a pacientes suspeitos ou confirmados com a covid-19.

Karen Xavier Pedagoga“A gente sabe que vai chegar um momento que vai faltar máscara para todo mundo, então precisamos economizar, para deixar esses equipamentos para quem está na linha de frente, ou seja, os médicos e enfermeiros", enfatiza Karen.

Máscaras Caseiras - Segundo informações do site do Ministério da Saúde, para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, que são simples. É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face. E mais uma informação importante: ela é individual. Não pode ser dividida com ninguém.

As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.