Policiamento na área comercial de Belém não é alterado após decreto que impede aglomeração de pessoas
As ações de segurança na área comercial de Belém permanecem inalteradas, ainda que o fluxo de pessoas tenha reduzido em razão do decreto governamental 609/2020, emitido pelo Governador do Pará na última sexta-feira (20). As medidas elencadas impedem a aglomeração de pessoas e o funcionamento de restaurantes como formas de prevenção à covid-19. Ao invés de reduzir o policiamento, ele foi intensificado, tanto na Região Metropolitana de Belém, quanto nos interiores.
Férias, licença-prêmio e licenças dos agentes de segurança pública foram suspensas para que estejam nas ruas protegendo aqueles que, por motivos específicos, precisam se deslocar, além de fazer valer o que diz o decreto sobre impedir a aglomeração de pessoas e o funcionamento de bares, restaurantes e similares. De acordo com o secretário de segurança pública e defesa social do Pará, Ualame Machado, o número de roubos, por exemplo, é a metade do que era registrado anteriormente.
“Não houve qualquer alteração no número de policiais em todos os municípios do estado do Pará, pelo contrário, nós interrompemos as férias, as licenças, para que todo o efetivo esteja à disposição da população. Por outro lado, nós fizemos uma análise desde o primeiro dia que se confirmou o primeiro caso no Pará, o número de roubos, por exemplo, é a metade do que era registrado antes, até mesmo pela quantidade de pessoas nas ruas que é muito menor”, afirmou.
Em relação aos casos específicos de alguns episódios de roubos no comércio, o titular da Segup ressalta que é necessário analisar o período anterior e a situação atual. “No comércio nós temos uma boa parte dos estabelecimentos fechados, e os que estão abertos acabam atraindo todas as ações criminosas para eles. O que nos leva a entender que quando os crimes ocorrem no Estado em períodos normais, ocorrem roubos em bairros diversificados e distribuídos. Agora, como poucos estabelecimentos estão abertos, esses poucos são os alvos dos criminosos, o que leva a impressão de que está havendo uma maior incidência dessa modalidade criminosa, porém os registros apontam que estão tendo metade dos roubos ao comparar com o número de casos que ocorrem em períodos normais”, ressaltou.
O 2º Batalhão de Polícia Militar realiza ações nos bairros da Cidade Velha, Campina, Reduto, Umarizal, Nazaré, Batista Campos, São Brás e Fátima. A atuação recebeu um reforço no efetivo devido o Decreto Estadual e com a apresentação dos cadetes da Academia de Polícia Militar para cumprimento de estágio supervisionado.
Em consequência das mudanças devido às medidas de prevenção ao novo coronavírus, houve também a adequação do trabalho dos agentes de segurança pública, como por exemplo, a intensificação na fiscalização de locais que sofreram alteração no horário e forma de atendimento aos clientes, em especialmente na área do comércio.
Atualmente, 371 militares realizam rondas e Pontos-Base Estratégicos (PBE) 24hs por dia, em regime de escala. O policiamento é feito a pé, motorizado (viaturas 4 rodas) e ciclístico. Todas as ações são executadas com base em dados de estatísticas criminais.
As informações são coletadas por meio das guarnições do Grupamento de Proteção Ativo que faz visitas técnicas aos diversos seguimentos da comunidade (residências, comércios, agências bancárias, etc.) da área, que possibilitam maior aproximação entre a PM e a população, e o emprego do maior esforço de ações nas situações mais emergenciais.
“Dessa forma, é possível identificar o porquê do crime, principais horários e locais de ocorrência para a criação de estratégias que reduzam os incidentes. Com base nesses levantamentos, são realizadas as operações, dentre elas, a Operação Tiradentes, que por sua vez, é formada pelas Ações: Ponto-a-Ponto, Recobrimento, Rua Segura, Prevenção à Roubos e Furtos em Estabelecimentos Comerciais, Bloqueio, Saturação e Alvorada”, finalizou o comandante do segundo BPM, Tenente Coronel Getúlio Rocha.