Valorização do escritor paraense é legado da XXI Feira do Livro
A XXI Feira Pan-Amazônica do Livro, realizada entre os dias 27 de maio e 4 de junho, em Belém, registrou números expressivos. A última edição do evento, que homenageou o poeta e jornalista Mário Faustino, reuniu 294 atrações, entre autores, músicos e debatedores, além de 109 expositores. Livrarias, editoras e distribuidoras trouxeram ao Hangar o que de mais atual têm em seus acervos para incentivar o visitante a desfrutar do prazer da leitura.
Em nove dias de Feira, o Hangar recebeu cerca de 370 mil pessoas e comercializou 750 mil livros. “O primeiro grande legado foi ver a literatura se afirmando como uma opção de lazer e entretenimento no estado. Na verdade, esses 750 mil livros vendidos não se resumem a 750 mil leitores, eles se multiplicam em vários, pois passam a outras mãos e se tornam propagadores de cultura. O legado que fica é esse, a palavra e a história que permanecerão até a próxima feira”, comemora Ana Catarina Brito, diretora de cultura da Secretaria de Estado de Cultura (Secult)
Outro saldo positivo dessa edição da feira foi a vitrine, cada vez maior e mais ampla, de que dispuseram os autores paraenses. Quinze deles puderam divulgar suas obras durante a Feira Pan-Amazônica deste ano em sete estandes específicos de literatura regional.
Com um aumento de 20% no número de participantes e de 10% no volume de vendas, o Estande dos Escritores Paraenses, por exemplo, fechou os trabalhos com 350 autores cadastrados, 1,4 mil títulos de cinco editoras e 15 mil exemplares colocados à venda. O resultado mostra que a literatura e cultura regionais vem ganhando mais espaço no evento, elencado entre os quatro maiores do gênero no país.
A participação expressiva de autores também fez do Estande dos Escritores Paraenses um dos que mais apresentaram novos trabalhos na XXI Feira do Livro, com uma média de oito a dez lançamentos por dia, a maioria com sessões de autógrafos.
A Secult destaca, ainda, o trabalho de incentivo à leitura. Através da Pan-Amazônica nas Escolas, realizada em parceria com a Imprensa Oficial do Estado, seis escolas estaduais foram palco de encontros entre os estudantes e autores nacionais convidados da Feira, mobilizando 245 alunos e 40 professores.
Três meses antes do início da Feira Pan-Amazônica, as obras desses autores começaram a ser trabalhadas entre os alunos. “Esse diferencial é o caminho de crescimento da feira. Ela vai além do Hangar, em direção às escolas e professores, e aponta para uma dimensão maior: de proporcionar a cada aluno um encantamento pelo livro”, destaca Ana Catarina.
A programação da Feira Pan-Amazônica continua. Dia 22 de agosto, na Estação Gasômetro, acontece um Sarau Literário, conduzido pela escritora paraense Amarílis Tupiassu, sobre “Romances Epistolares: a carta na literatura e a literatura nas cartas”. De 3 a 12 de novembro, acontece o X Salão Regional do Livro da Região do Baixo Amazonas, em Santarém, encerrando a agenda da Feira Pan-Amazônica em 2017.