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Ophir Loyola necessita de maior número de doadores de sangue

Por Leila Cruz (HOL)
20/12/2019 15h46

O Hospital Ophir Loyola é referência em oncologia, neurocirurgia e transplantes, especialidades em que os pacientes são submetidos a tratamentos e intervenções médicas de alta complexidade como cirurgias e procedimentos oncológicos.  A necessidade não somente por sangue, mas também por hemocomponentes é acentuada, principalmente naqueles com doenças hematológicas malignas.

Thiago Carneiro é  especialista do Serviço de Oncohematologia e explica que o hospital é a principal referência, em todo o Pará, no tratamento de cânceres presentes no sangue, como leucemias, linfomas e mielomas.  Segundo ele, a Agencia Transfusional da instituição é a maior em termos de volume de transfusão com uma média de 900 transfusões mensais.

“O tratamento dessas enfermidades exige diversas transfusões, são curáveis ou altamente reversíveis. Durante a quimioterapia, a medula óssea para de funcionar e as contagens sanguíneas ficam mais baixas. A transfusão é essencial à vida dos pacientes nesse momento”, ressalta o especialista.

O sangue doado pode ser separado em hemácias, plaquetas ou plasma, portanto beneficia diversos pacientes, conforme a carência de cada um. No hospital, a necessidade de doação é grande para assistir os internados, em tratamento quimioterápico, cirúrgico ou ambulatorial.

Morador de Igarapé-miri, Pedro Pantoja, 67, sofria com fraqueza e uma anemia grave. Passou a ser acompanhado pelo Hemopa onde foi diagnosticado com mielofibrose, doença mais comum em pessoas acima dos 50 anos. É um tipo de câncer raro que acomete as células responsáveis pela produção de sangue na medula óssea. “A idade e a cardiopatia me contraindicam ao transplante de medula óssea. A transfusão de sangue é essencial para minha terapia, no último mês precisei receber cinco bolsas”, disse Pedro.

Pedro Pantoja

Assim como Pedro, Maria Benedita, 61, residente no município de Mãe do Rio, também conta com o gesto solidário da doação para seguir com o tratamento contra a leucemia. A doença atinge os glóbulos brancos, portanto compromete o sistema de defesa do organismo.  Maria precisa de doação de plaquetas, células responsáveis pela coagulação do sangue.  

O estoque do  Hemopa está regular e, para manter esse cenário, os doadores precisam estar conscientes sobre a  necessidade dos enfermos. Para doar ao Hospital Ophir Loyola, dirija-se à unidade do hemocentro mais próxima da sua residência e informe o código 161.  “Peço que as pessoas façam a doação de sangue aos pacientes do Ophir Loyola, dependemos da solidariedade de todos”, apela Maria.

Os candidatos à doação de sangue precisam ter entre 16 e 69 anos (menores devem estar acompanhados do responsável legal), ter mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar documento de identificação oficial, original e com foto. O homem pode doar a cada dois meses e a mulher, a cada três.

Olinda Campos - Assistente Social do Hemopa

A assistente social da gerência de captadores do Hemopa, Olinda Campos, afirma que tanto as férias escolares quanto as festas de final de ano fazem com que o  doador e qualquer cidadão queiram viajar, situação essa que reduz o número de candidatos à doação.  "Fizemos  uma grande festa do doador em novembro e conseguimos um  grande número de doações para que o estoque ficasse abastecido. Ainda assim a demanda transfusional é grande, todos os dias precisamos de um grande número de bolsas para fazer a transfusão e por isso as campanhas externas são intensificadas", ressalta.