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Executivo, Legislativo e sindicatos discutem legislação previdenciária

Por Carol Menezes (SECOM)
18/11/2019 23h26

Governador Helder Barbalho em reunião com os sindicatos que representam o funcionalismo públicoEm reunião na noite desta segunda-feira (18) com membros de sindicatos que representam o funcionalismo público e deputados estaduais, o governador Helder Barbalho apresentou um pacote de alterações na legislação previdenciária que devem ser analisadas e votadas pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) nas próximas semanas. O objetivo é manter a capacidade mínima de investimentos no Estado, considerando a relação entre as mudanças propostas e a curva ascendente da arrecadação, diminuindo o déficit anual em cerca de R$ 400 milhões.

O chefe do Executivo estadual confirmou compromissos que devem ser cumpridos ao longo do mandato, como a totalidade da aplicação do percentual de reajuste dos servidores da Educação, e reforçou as metas de cumprimento de equilíbrio fiscal.

"Precisamos ter como investir, para garantir maior presença do Estado, junto com uma política motivacional para nossos colaboradores", justificou Helder Barbalho aos sindicalistas, lembrando que, em paralelo, segue liderando discussões com o Governo Federal sobre a suspensão da Lei Kandir, e que a própria Alepa já aprovou a criação de um fundo para taxação de commodities não renováveis.

Antecipação - Aos parlamentares, o governador explicou que ao antecipar discussões que, obrigatoriamente, precisarão ser feitas no segundo semestre de 2020, quer evitar um debate tão importante em meio ao processo eleitoral (eleições municipais) que estará ocorrendo nesta época no próximo ano.

Com os deputados, Helder disse que antecipou as discussões sobre os ajustes, que precisarão ser feitos em 2020"Dentre os governadores, tenho sido algum daqueles que se manifesta sobre a necessidade das alterações", admitiu, acrescentando que "não estamos tratando de prejuízos e benefícios. Nosso foco é maior, no impacto, porque no momento eu tenho um déficit de R$ 1,6 bilhão por ano, para cerca de 20 mil inativos e pensionistas, e estou na expectativa de, se tudo der certo, conseguir chegar a R$ 1 bi até o fim do ano em investimentos para melhorar a vida de outros 8 milhões de paraenses".

Contribuição - O procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer, anunciou que as novas alíquotas alcançam não só os servidores como também a própria máquina pública. A contribuição de civis ativos passa de 11% para 14% - uma imposição da União, que tem uma Previdência deficitária -, enquanto que a do Estado vai de 18% para 23%. Militares pensionistas e militares inativos, atualmente não taxados, passam a contribuir com 11%. Após a aprovação pelo Parlamento, a expectativa é de que os novos percentuais sejam aplicados a partir de abril do ano que vem, já com previsão de diminuição do déficit mensal.

"Não vamos mexer em idade mínima, tempo de contribuição, até porque precisamos aguardar a conclusão da votação da (Proposta de Emenda Constitucional) paralela, no Congresso Nacional. Antes do ano acabar, o déficit já é de R$ 1,4 bi, e entre novembro e dezembro serão empenhados outros R$ 255 milhões", reiterou Ricardo Sefer.

Medidas - As outras alterações dizem respeito ao estabelecimento de teto referente ao Regime Geral da Previdência para percentual destinado à concessão de auxílio-funeral; não incorporação previdenciária obrigatória de gratificação de vida, de modo que o valor só seja pago enquanto ocorre a atuação que justifique o abono, e novas regras de adesão à Previdência Complementar, alcançando obrigatoriamente somente aqueles que ainda irão se aposentar.

O texto que será enviado pelo Executivo ao Legislativo poderá sofrer emendas e supressões durante a apreciação e votação.